Cidinho usa tribuna para defender história política de MT
Na Tribuna do Senado nesta quarta-feira (30.04), o senador Cidinho Santos externou sua indignação com o projeto que propõe a alteração no nome da Ala Filinto Müller. Iniciativa da senadora Ana Rita, o projeto de Resolução sugere a mudança para Luís Carlos Prestes.
“Nada tenho contra Prestes, mas que ele seja homenageado em outra ala ou área do Senado Federal. A homenagem à Filinto foi feita em um passado distante e que muito honrou o Estado de Mato Grosso, que vê nele a imagem de um grande líder político, cuja figura até hoje permanece respeitada no conceito do povo mato-grossense”, defendeu Cidinho.
Segundo relatou o senador, Filinto Müller passou a ser alvo de uma esquerda festiva quando, em 1932, foi nomeado chefe da Polícia do Distrito Federal (então no Rio de Janeiro), função que exerceu por quase uma década, pois apesar da sua formação humanística, não tinha como coibir abusos e excessos da repressão getulista.
Enquanto Chefe de Polícia, foi acusado da prisão e deportação de Olga Benário, mulher de Luís Carlos Prestes. Porém, Cidinho entende que esse fato não é verdadeiro, uma vez que ele obedecia às ordens do presidente Getúlio Vargas. Ainda, a deportação, segundo cita, foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal, mesmo não havendo pedido de extradição de iniciativa da justiça alemã, contra Olga. O próprio Prestes reconheceu em entrevistas que jamais Filinto foi o responsável pela deportação de sua mulher.
“Essa proposta para que seja trocado o nome da Ala Filinto Müller fere a imagem e a honra de um dos maiores líderes políticos de Mato Grosso e do Brasil”, disse.
Cidinho fez questão de destacar que Müller foi senador por quatro mandatos e teve importante atuação no Senado, exercendo a liderança do PSD e, posteriormente, do governo Juscelino Kubitschek. Chegou à Presidência da Casa pouco antes de sua morte. Foi sob sua influência na capital da República que Mato Grosso experimentou um dos períodos de maior desenvolvimento e progresso. Foram 40 anos de comando político no Estado.
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