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Nacional
Terça - 03 de Setembro de 2013 às 14:36

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A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária do ex-calouro da Universidade de São Paulo (SP) que invadiu o campus de São Carlos, no interior paulista, e feriu três pessoas após efetuar disparos com uma arma de fogo, na semana passada. Segundo o 3º DP, que investiga o caso, a expectativa é que o suspeito se apresente voluntariamente até o final do dia, já que até as 13h ele não havia sido localizado.

 

A prisão temporária é válida por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais 30 dias. Segundo a Polícia Militar, o suspeito é um ex-aluno de Ciências Exatas, que denunciou ter sido vítima de abuso sexual durante um trote com veteranos, em março.


 

O rapaz, que não teve o nome revelado, invadiu o alojamento de estudantes no dia 28 de agosto e agrediu com coronhadas um dos alunos que lá estava. Após a agressão, ele efetuou três disparos, que não acertaram ninguém. No momento dos tiros, outros dois alunos que estavam no alojamento saíram correndo e acabaram se machucando com vidros quebrados durante a fuga.

 

O homem agredido e os outros dois alunos foram socorridos, todos com ferimentos leves. Por causa do incidente, o campus de São Carlos anunciou a suspensão das aulas na última quinta-feira.

 

Denúncia de abuso sexual
No dia 4 de março, o estudante envolvido na agressão teria sido vítima de abuso sexual durante o trote da universidade. Na ocasião, a USP informou que o aluno fez a denúncia à universidade e que "todas as ações e procedimentos pertinentes foram realizados pelos profissionais do setor, respeitando o sigilo próprio da atividade".

 

Ainda por comunicado, a instituição alegou que, "com o registro do Boletim de Ocorrência e a verificação de algumas incongruências dos relatos, o Presidente do Conselho Gestor do Campus acionou (no dia 14 de março) os setores competentes da Universidade para as providências cabíveis ao caso, tendo como decorrência, em primeira instância, a instauração de uma sindicância".

 

Em entrevista ao Jornal EPTV, o agressor afirmou que efetuou os disparos porque sofria bullying e ameaças de outros alunos da USP. "A violência lá dentro da universidade é uma coisa bastante descarada lá, bastante vulgar. A universidade, ela tem conhecimento disso e não toma providência, (é) bastante negligente e (esse) foi um dos motivos que me fez desistir da universidade. Foi o bullying e ameaças", afirmou o estudante.

 

O jovem afirmou ainda que era vítima de brincadeiras "sem graça" após a denúncia do suposto abuso. "Eu dei minha opinião lá sobre determinado assunto, e me disseram assim: "estupra mas não mata", né? Foi por isso que eu fui me revoltando, né?"

 

Ainda segundo o estudante, os disparos foram efetuados acidentalmente. "Quando eu fui eu não pensei em atirar, eles que se movimentaram lá de uma forma que me assustou, eu peguei... Era muita gente, tinha umas quatro, cinco pessoas, então eu me assustei. (...) Fui dar uma coronhada para me defender e acabou da forma que eu bati, eu apertei e atirou, né?", relatou.





Fonte: Terra

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