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Política
Terça - 03 de Setembro de 2013 às 14:56

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Um clima de comoção marcou, na manhã desta terça-feira (3), o velório da servidora do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Luciana Botelho de Campos Merthan, de 42 anos, que se suicidou na manhã de segunda-feira (2). Seu corpo foi encontrado na região da Mata Fria, na rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (MT-251).

Dezenas de pessoas passaram pela Sala Orquídeas, na Capela Jardins, na Capital, para se despedir da advogada e oferecer conforto aos familiares, que estavam visivelmente comovidos com a perda. A mãe e o filho de Luciana, de 13 anos, eram os mais abalados.

Uma dúzia de coroas de flores, enviadas por parentes e colegas de trabalho, foram colocadas em frente à sala onde o corpo de Luciana era velado.

Duas das coroas foram enviadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE): uma em nome do órgão e outra enviada pela equipe do gabinete do conselheiro Waldir Teis, onde a advogada trabalhava.

Por volta das 10 horas, foi realizada uma missa de corpo presente e, em seguida o corpo seguiu, em cortejo, para o cemitério São Francisco de Assis, em Várzea Grande, onde os avós de Luciana estão enterrados.

Depressão


Segundo primas e tios de Luciana, a servidora lutou a vida toda contra a depressão, mas não deixava transparecer aos amigos e colegas de trabalho, que a descreveram como uma pessoa “sempre alegre, divertida e de bem com a vida”.

“Foi uma perda muito grande para a gente. Nós a amávamos muito. Era uma menina linda e tinha de tudo. Não esperávamos que algo assim fosse acontecer”, disse uma tia, emocionada.

Uma amiga da família, que conhecia Luciana desde quando ela tinha 6 anos, afirmou que ela sempre dizia que tinha tudo o que desejava, mas que “sentia um vazio muito grande” dentro de si.

“Ela dizia que sempre parecia estar faltando algo”, disse.

Familiares afirmaram que a servidora já havia tentado o suicídio, há quatro meses. Na ocasião, ela teria usado o carro, mas sobreviveu devido à proteção do airbag.

Na manhã de segunda-feira, Luciana enviou uma mensagem de despedida ao celular do irmão, Marcelo Botelho, que conseguiu localizar o carro dela com a ajuda do GPS do veículo.

Ele foi o primeiro a localizar o carro e encontrar o corpo de Luciana.

Primas de Luciana lembraram que ela perdeu o pai – também por suicídio – ainda na infância.

"Despedida
"

Segundo o irmão de Luciana, recentemente, a irmã começou a doar todas as suas roupas e, no domingo (1º), realizou um almoço para toda a família, que agora é considerado por eles como "uma despedida".

Na manhã de segunda, por volta das 8 horas, ela postou, em sua página no Facebook, fotos da mãe, do filho e de si mesma, acompanhadas de mensagens de amor e de fé, antes de cometer suicídio.

A família disse que, apesar do quadro depressivo, a atitude de Luciana, de atentar contra a própria vida, "pegou a todos de surpresa".

“Ninguém acreditava que ela, realmente, tivesse coragem para fazer isso”, disse o irmão a amigos.






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