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Domingo - 13 de Abril de 2014 às 16:33

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Diante de uma ampla gama de lançamentos de Páscoa prometendo características gourmets, fica difícil escolher um produto que realmente entregue toda essa qualidade. Entre diversas embalagens especiais e preços por vezes exorbitantes, as guloseimas podem chegar a R$ 1,2 mil. Os ditos chocolates artesanais são aqueles compostos por receitas autorais, itens selecionados e vendidos em pequenas quantidades, deixando para trás as grandes produções.

De acordo com a dona do ateliê Maria Brigadeiro, Juliana Motter, o cacau fino, como é chamada a melhor matéria-prima do chocolate, deve ser colhido manualmente e fermentado pelo menos três horas após a colheita, tudo sob a supervisão do produtor. A atenção especial garante mais aroma, sabor e também mais pessoas no processo de produção, o que encarece o produto final. Outro item importante de um chocolate considerado artesanal, segundo ela, é a manteiga de cacau, que também tem um preço mais alto por ser usada na indústria de cosméticos. “O chocolate 100% manteiga de cacau é aquele que derrete na mão”, detalha.

Juliana conta que sua marca utiliza amêndoa de cacau do Pará, onde o restante do lote é destinado ao Japão, mercado exigente, de acordo com a empresária que aos seis anos aprendeu a fazer brigadeiros com a avó. “É importante atentar sempre para as informações nas embalagens dos produtos, quem procura por receitas artesanais deve fugir das aplicações artificiais, como corantes e essências”, recomenda. 

Já chef Carole Crema, da La Vie en Douce, caracteriza um produto como especial quando sua feitura envolve o trabalho de um profissional experiente, “não basta comprar chocolate belga e derreter”. Para Carole, que passou por escolas de gastronomia em Londres e Milão, todos os ingredientes devem ser de primeira linha. A dona da Brigadeiro & Co, Simone von Gal, que o diga, seu principal produto de Páscoa para este ano é uma linha de ovos de colher em que 55% dos ingredientes utilizados são orgânicos e perdem rapidamente as sutilezas gastronômicas por não conter conservantes.

Simone traz chocolates do sul da Bahia, da Indonésia, da Austrália, Equador e da África para produzir ovos de 250g que chegam a custar R$ 180. O preço não assusta os clientes, no ano passado Simone e a filha Nicole, que cuida da área comercial da empresa, venderam mil cascas de ovo com brigadeiro de origem, como elas chamam.

No entanto, outras companhias apostam mesmo nos recheios para ganhar o paladar dos consumidores. É o caso dos ovos da fabricante Amor aos Pedaços que se destacam por receitas exclusivas que acompanham o tradicional ovo de chocolate. Em 2014, os lançamentos da marca foram inspirados em docinhos populares como cocadas e cajuzinhos, além do já tradicional bicho de pé, do qual a dona da marca, Ivani Calarezi, diz ser a criadora da receita. A Chocolates Munik segue a tendência por recheios exclusivos com sabores como bem casado, avelã, damasco, doce de leite e limão siciliano.

Na Chocolat du Jour, a sócia Patrícia Landmann, explica que foram as formas originais e as misturas mais simples, com frutas, por exemplo, que guiaram as novidades da companhia este ano. O chocolate também vindo do Estado baiano foi relacionado com temas artísticos. Os ovos de um quilo chegam a custar R$ 347. Já a metade de Ovo Feliz Páscoa da Chocolat tem 3,7 kg e sai por R$ 1.279, o produto traz pérolas nos sabores de menta, erva doce, maracujá e café.






Fonte: OVOS DE OURO

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