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Política
Domingo - 13 de Abril de 2014 às 15:09

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As investigações da Polícia Federal envolvendo a Operação Ararath, que apura crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional, detectou a compra de vários imóveis por um dos principais suspeitos de participar do esquema, no ano de 2012 e 2013. Segundo fonte da reportagem, o empresário - que teve sua residência e escritório como alvos de busca e apreensão - adquiriu oito apartamentos e uma casa em um condomínio horizontal.

Dos oito apartamentos, seis se localizam em Cuiabá e dois em São Paulo. Os valores dos imóveis, somados, ultrapassam a casa dos R$ 4,5 milhões - sendo que alguns estariam com valores de escritura subfaturados.

Dois apartamentos, em Cuiabá, foram comprados por R$ 400 mil. O curioso, nesse caso, é que o empresário suspeito comprou os imóveis de outro suspeito, e também alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.

Os imóveis de São Paulo localizam-se no bairro Indianópolis. Um deles foi arrematado em 2012, por R$ 372 mil. O outro, no mesmo edifício, foi comprado em 2013, por R$ 970 mil.

O apartamento mais caro adquirido foi no Edifício Villaggio Siciliano, em Cuiabá. Segundo apurou a reportagem, ele custou aproximadamente RS 1,4 milhão.

Já o mais barato teria sido adquirido no Edifício Jasmim, no condomínio Garden Ville, por R$140 mil.

A casa, no condomínio horizontal, em Cuiabá, segundo apurou a reportagem, custou cerca de R$ 550 mil. 

Operação Ararath

A Polícia Federal deflagrou a operação em 12 de novembro, com o objetivo de apurar a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. 

Nos últimos seis anos, foi movimentada a quantia de mais de meio bilhão de reais nas contas dos investigados, donos de empresas de factoring que exerciam atividades exclusivas de instituição financeira e não autorizadas pelo Banco Central.

A investigação, que teve início em 2011, constatou operações clandestinas no Sistema Financeiro brasileiro, além da prática do crime de lavagem de dinheiro. 

O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. Ele tinha como base operacional a Globo Fomento Mercantil, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.

Segundo a PF, os recursos eram movimentados nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre as quais se encontra a Amazônia Petróleo. 

O principal crime apurado consiste no fato de que as empresas de factoring, de natureza estritamente mercantil e com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, exercia outras atividades exclusivas de instituição financeira, não autorizadas pelo Banco Central, como, por exemplo, concessão de empréstimos com exigência de garantia. 

Os acusados deverão responder pelos crimes previstos no artigo 16 da Lei nº 7.492/86, cuja pena é reclusão de 1 a 4 anos e multa, e artigo 1º da lei 9.613/98, com pena de reclusão de 3 a 10 anos e multa.






Fonte: Midianews

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