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Saúde
Sábado - 12 de Abril de 2014 às 20:50

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O Ministério da Saúde informou que vai avaliar em profundidade o estudo da Cochrane Collaboration – rede independente e global de pesquisadores especializada em revisões sistemáticas na área da saúde – que concluiu que o medicamento antiviral tamiflu (oseltamivir) não evita a disseminação da gripe e nem reduz as complicações perigosas da doença, apenas ajuda com os sintomas. O estudo foi publicado na quinta-feira (10).

O governo brasileiro vai iniciar, de 22 de abril a 9 de maio, a campanha de vacinação contra a gripe em todo o país. A meta deste ano é imunizar 49,6 milhões de pessoas. A imunização protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B.

No combate ao vírus H1N1, segundo o estudo britânico, o medicamento não seria mais eficaz do que um paracetamol, analgésico popular usado em vários países. O tamiflu tem sido usado em larga escala no Brasil e no mundo para o combate ao vírus H1N1 desde a pandemia de gripe A de 2009.

Em nota ao G1, o Ministério da Saúde afirmou, no entanto, que “o antiviral oseltamivir (tamiflu) é indicado para o tratamento de casos graves e de pessoas com fatores de risco.  Esta indicação se baseia em estudos clínicos e respaldada por recomendações de instituições de referência, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos”.

O ministério acrescenta ainda que "estudos realizados no Brasil têm confirmado a importância da administração do oseltamivir, rapidamente, nas situações indicadas como medida capaz de reduzir complicações e mortes decorrentes da influenza (gripe)."

Em 2009, um levantamento feito pela Central Estadual de Regulação Hospitalar, da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, já havia chegado a uma conclusão preliminar de que o tamiflu poderia não determinar uma evolução melhor do paciente.

Orientações sobre H1N1 (Foto: Arte/G1)

Na época, foram analisados 203 casos de pacientes que foram internados em UTI por suspeita ou confirmação de H1N1. Desse total, apenas 83 tiveram a evolução conhecida.

Dos 30 pacientes que receberam o tamiflu em até 48 horas após o início dos sintomas, 12 morreram. Entre os 32 pacientes que receberam o tamiflu depois de 48 horas, houve 14 óbitos. Já entre os 21 pacientes que não receberam o medicamento, houve apenas 6 óbitos.

Na época, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que o estudo seria ampliado. Atualmente, porém, a pasta afirma que não tem mais registros sobre o levantamento e não sabe informar se ele teve desdobramentos.

O Ministério da Saúde diz ainda que vai sempre "avaliar estudos que sejam desenvolvidos para garantir sempre que as condutas preconizadas estejam baseadas nos mais sólidos conhecimentos científicos disponíveis".






Fonte: Do G1, em São Paulo

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