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Nacional
Sábado - 12 de Abril de 2014 às 08:16

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A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (11) mandados de busca e apreensão na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Os mandados fazem parte da operação Lava Jato, deflagrada em março, cujo alvo é um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo a polícia, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Ao todo, nesta sexta, a PF executou 23 mandados de prisão e busca de documentos em cidades dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva (quando o suspeito é levado a depor), e 15 de busca e apreensão de documentos na cidade de São Paulo e Campinas. No estado do Rio, os mandados foram cumpridos na capital, em Macaé e em Niterói (RJ).

O G1 entrou em contato com a Petrobras, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno sobre a ação da PF na empresa.

Foram executados mandados também na empresa Ecogloboal Ambiental, em Macaé. A polícia investiga um contrato da empresa com a Petrobras, no valor de R$ 443 milhões, que foi assinado em 2013.

A Operação Lava Jato foi deflagrada em 17 de março. Na ocasião, a PF executou mandados em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná, além de cidades de outros seis estados.

O esquema, segundo a polícia, envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil. Um dos líderes da organização criminosa, de acordo com a polícia, é o doleiro Alberto Youssef, preso no dia em que foi deflagrada a operação

No dia 20 de março, a operação Lava Jato prendeu também o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A polícia investiga as ligações de Costa com o doleiro Youssef. 

Segundo a PF, quando foi preso, no Rio, Costa estava tentando destruir material que pode ser usado como provas nas investigações.

Carro de luxo

Nesta semana, o Jornal Nacional revelou trecho de depoimento de Costa à Polícia Federal. À PF, o ex-diretor disse que recebeu um carro de luxo do doleiro Alberto Youssef em pagamento por um serviço de consultoria prestado, segundo ele, depois de ter deixado a estatal.

André VargasDocumentos em posse da Polícia Federal mostram também que Paulo Roberto Costa pode ter recebido depósitos milionários do doleiro na conta de uma de suas empresas, a Costa Global. Um desses documentos é uma planilha de valores que, segundo a Polícia Federal, seria uma contabilidade manual da empresa. São valores em reais, dólar e euro recebidos entre novembro de 2012 e março de 2013.

As investigações apontam também para ligações de Youssef com o deputado federal André Vargas (PT-PR).

Segundo reportagem da revista "Veja", as investigações da polícia revelam que Vargas atuou com Youssef para conseguir um contrato de uma empresa de fachada com o Ministério da Saúde. O deputado, que responde a processo de cassação no Conselho de Ética na Câmara, nega as irregularidades.

Além disso, Vargas admitiu que, em janeiro, viajou e, jatinho emprestado por Youssef. O deputado diz que não sabia das ações ilícitas do doleiro e que o conhecia há mais de 20 anos, da cidade de Londrina.






Fonte: G1

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