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Quinta - 10 de Abril de 2014 às 12:14

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Acusados de executar prefeito em MT vão a júri popular

Antonio Luiz de Castro, o "Luizão" foi morto a tiros em uma festa, em 2011

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Luizão era prefeito de Nova Canaã e foi morto a tiros; empresário e comerciante vão a júri

DA REDAÇÃO

A juíza da Vara Única de Nova Canaã do Norte (699 km ao Norte de Cuiabá), Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, já definiu a data do julgamento do empresário Wanderlei Teixeira de Almeida e o comerciante Vanildo dos Santos.

Ambos irão a júri popular no dia 22 de maio, por envolvimento no assassinato do prefeito Antônio Luiz de Castro, em 2011.

A sessão está programada para ter início às 8h, na Câmara Municipal de Nova Canaã.

Antônio Luiz de Castro, que era conhecido como "Luizão", foi morto a tiros quando saía de uma festa no distrito Ouro Branco do Sul, em agosto de 2011.

Denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Castro adquiriu um imóvel que supostamente pertencia ao irmão de Wanderlei de Almeida, um dos suspeitos. 

O imóvel foi comprado em leilão da Justiça Federal do Ceará.

Almeida é apontado pela polícia como um dos "mentores intelectuais" do assalto ao Banco Central em Fortaleza, em 2005.

Nos autos do processo consta que o empresário ameaçava o prefeito e, como não obteve resultado, passou a constranger também os possíveis interessados na compra do terreno.

Ele teria, então, contratado uma terceira pessoa, ainda não identificada, para matar o prefeito.

No dia do crime, um homem desconhecido aproximou-se de Antônio Luiz de Castro, durante uma festa, e perguntou se era ele o prefeito de Nova Canaã do Norte.

Ao ouvir a afirmativa, ele disparou seis vezes e fugiu do local.

O empresário Wanderlei de Almeida estava presente na festa. Segundo a acusação, ele teria ajudado o assassino a escapar.

O empresário está detido no Presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecido como Ferrugem, na cidade de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). 

Já o comerciante Vanildo dos Santos teve a prisão revogada há um ano e responde o processo em liberdade, pelo crime de coação e favorecimento pessoal.

Desafetos

Luizão tinha 43 anos e era natural de Umuarama (PR). Ele era casado com Célia Floriano de Castro e deixou um casal de filhos.

Na época, ele foi o segundo prefeito a ser assassinado em menos de um mês em Mato Grosso. 

Valdemir Antonio da Silva, de Novo Santo Antônio (1.063 km a Nordeste), foi executado no dia 24 de julho, em sua residência.A

As investigações da Polícia Civil revelaram que Wanderlei teve relações comerciais com o prefeito e se sentia preterido. 

Ele esperava receber algum retorno quando Luizão tomasse posse na Prefeitura. Fato que não ocorreu. 

Um dos pontos que geraram desavenças entre os dois, segundo a Polícia, foi o fato de Luizão ter arrematado um prédio, que foi a leilão, e que era de propriedade de Wanderlei. 

O prédio havia sido reformado com parte do dinheiro roubado no assalto ao Banco Central no ano de 2005, na cidade de Fortaleza (CE), do qual participou um irmão de Warderlei. 

O assaltante é Edson Teixeira, que está preso. 

“Essa questão de o prefeito ter arrematado o prédio que era de Wanderlei foi um dos grandes motivos da desavença entre os dois. Antes disso, eles tinham contato regularmente. Depois, passaram a ser inimigos declarados. Fatos isolados motivaram o crime. Ele se sentia preterido pelo prefeito e, quando não teve retribuição, ficou revoltado, com ciúmes. Ele queria ter acordos que favorecessem o posto de combustível que é de sua propriedade”, disse o delegado Rogério Malacarne.






Fonte: Mídia News

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