A confiança do empresário do comércio caiu 1,5% em março na comparação com o mês anterior. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) foi divulgado hoje (01) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a queda de fevereiro para março é a quinta consecutiva registrada pelo do setor.
A menor confiança dos empresários na economia, constata pela pesquisa, leva o empresariado a tomar atitude de cautela em relação a novos investimentos. Em consequência, o subíndice que mede a propensão a investir teve queda de 2,9%, em março, transformando-se portanto na principal causa do recuo no Icec.
Para o economista da CNC Fabio Bentes, “com a economia ainda reagindo lentamente - e o crédito mais caro tanto para o consumo quanto para investimentos - é natural que o empresário fique um pouco mais cauteloso”.
No acumulado dos últimos doze meses, o Icec registra queda ainda mais expressiva: menos 8% na comparação com março de 2013.
O quinto recuo na confiança do empresariado do comércio em março na comparação com o mês anterior se dá já com os ajustes sazonais já ocorridos. Mesmo assim, o recuou foi menos intenso, uma vez que em fevereiro houve queda de 2,8%.
Separadamente, o Icec indica retração de 2,9% na propensão a novos investimentos; de 2,8% no otimismo com a economia; a avaliação das condições atuais mostra redução mais modesta (-0,3%) do que no período anterior, que chegou a menos 3,3%.
Para 63,1% dos empresários pesquisados, as condições atuais de crescimento econômico estão piores que há um ano – em fevereiro esse percentual era 59,5%. Para 26,4% houve piora acentuada, contra 24,0% da leitura anterior. Em termos regionais, apenas o Nordeste (101,1 pontos) e Norte (100,1 pontos) ainda mantêm avaliações predominantes positivas. Já o Sudeste, região que apresentou a maior queda anual (-11,5%) segue concentrando as piores avaliações.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) é o indicador apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações empresárias do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas situadas em todas as capitais do país; e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de 0 a 200 pontos.
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