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Cidades
Terça - 01 de Abril de 2014 às 10:48

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Quatro meses após o deslizamento de terra no morro que fica ao lado do Viaduto do Despraiado, uma das principais obras de mobilidade urbana construídas para a Copa do Mundo de 2014, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ainda não iniciou as obras de contenção da encosta. 

Na manhã do dia 12 de novembro do ano passado, parte do morro desmoronou durante uma forte chuva que atingiu a Grande Cuiabá. À época, nove famílias chegaram a ser orientadas pela Defesa Civil da capital a deixarem suas casas por estarem muito próximas à área afetada. 

Ao menos, três famílias tiveram que deixar suas moradias definitivamente devido ao risco de novos deslizamentos. As casas afetadas estão localizadas na Rua Xavantes com a Avenida Miguel Sutil, no Bairro Santa Helena. 

A moradia da dona Evaldina Rainha da Silva, 66 anos, é uma das que ficam na área afetada. “Já fiz as malas e desfiz tudo. O governo do Estado disse que ia pagar (indenização) para que a gente saísse, mas até agora nada. Só saímos daqui no dia em que o governo nos pagar”, comentou. 

Residente há 35 anos no local, Evaldina da Silva reconhece que foi orientada pela Defesa Civil a deixar o imóvel. Porém, ela ameniza os riscos. “Ainda existem um dez metros de terreno e há até árvores que não caíram”, comentou. 

Porém, ela ainda aguarda um posicionamento do Estado para desocupar ou não a área. “A gente liga para a Secopa e ninguém atende”, afirmou. “O Estado tem que pagar para que a gente possa comprar outra casa e morar. Só assim para sairmos daqui”, reforçou. 

Segundo ela, apenas uma moradora deixou a casa para viver de aluguel social do Governo Estadual. Porém, o restante da família não conseguiu. “O filho dela continua morando na casa com as crianças e lá o risco é maior”. 

O problema teve início quando a empresa contratada pelo órgão estadual realizou um corte na encosta do morro para alargamento da pista da Miguel Sutil para adequação da via e construção do viaduto. Para isso, a ideia era construir um muro de arrimo de aproximadamente cinco metros de altura, que iria conter possíveis deslizamentos. 

Também seria feito o recobrimento vegetal para proteger o solo da erosão. O que não foi feito. Hoje, no local, apenas tapumes impede o trânsito de pessoas nas proximidades, além de ocupar parte da pista.






Fonte: Do Diário de Cuiabá

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