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Política
Quarta - 04 de Setembro de 2013 às 16:57

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB), saiu em defesa da permanência do secretário de Saúde, Mauri Rodrigues. Desde que assumiu a pasta, o secretário tem enfrentado resistência em sua gestão, sendo que nos bastidores, já é dada como certa a sua substituição pelo médico cardiologista, Jorge Lafetá. Em meio aos desgastes, Mauri prestará depoimento nesta quarta-feira (4), para apresentar defesa sobre a denúncia do deputado federal Pedro Henry (PP), de que R$37 milhões enviados pelo Ministério da Saúde, não foram investidos em sua finalidade, o Hospital Regional de Sinop.

Para Romoaldo, um dos maiores problemas na pasta de saúde, além da questão de investimentos, em que destaca que a situação é a mesma em todo o país, é a influência política. “A Saúde deve ser blindada da política e da politicagem. O foco deve ser o ser humano, e o Mauri tem enfrentado diversos problemas mas tem realizado um ótimo trabalho”, defendeu.

A questão política na pasta de saúde levou o PP, que havia indicado Mauri ao cargo, a romper com o governo do Estado, por não ter sido atendido em seu pleito, em que pediam a destituição do secretário.

Sobre a denúncia de Henry de que R$37 milhões deixaram de ser investidos em Sinop, e que foram encaminhados pelo Ministério da Saúde, sendo que o Estado também deixou de investir a sua contrapartida no valor de R$17 milhões, fazendo com que o valor chegue a R$54 milhões, o atual secretário irá apresentar a sua defesa hoje.

Romoaldo esclarece que a função da Assembleia Legislativa é fiscalizar, e caso os deputados não se contentarem com a defesa apresentada por Mauri, a Casa de Leis deve prosseguir na investigação, que pode inclusive culminar em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

“O Mauri é honesto e sério, deve permanecer e continuar o seu trabalho, mas com essa disputa política na saúde, essa pressão que ele vem sofrendo, não tem como aguentar, ninguém aguenta”, opinou.

Mesmo com novos boatos de que Mauri deixaria o cargo ainda nesta semana, o governador Silval Barbosa (PMDB) e o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, negaram qualquer troca na pasta, sendo que Nadaf chegou a declarar surpresa com as informações da possível queda.

Desde que assumiu a pasta, Mauri tem andado na corda bamba, além da insatisfação dos deputados com a saúde, de modo geral, principalmente, pela falta de recursos e investimentos no interior do Estado, sofreu a pressão política do próprio partido PP, causando desgaste na base governista, já que a sigla declarou atuação independente ao governo.

O presidente da Casa de Leis considera que a saúde é o principal problema do governo Silval, e também o principal motivo de reclamação entre os parlamentares. Romoaldo também defendeu o atual modelo de gestão pública da saúde, as Organizações Sociais de Saúde (OSS). “Podem reclamar sobre as OSSs, mas quem conhece a realidade da saúde pública, sabe que houveram muitos avanços”, ponderou.
 





Fonte: A Gazeta

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