Presidente rebate vereadores e diz que estão de olho em prefeitura
O presidente da Câmara de Vereadores de Santo Antônio do Leverger, Wagner Belmiro Teixeira Filho (PSD), diz que está sendo alvo de um grupo de parlamentares que estão tentando tumultuar sua gestão por temer que ele seja candidato a prefeito na legislatura de 2016. É com esse argumento que ele rebate um grupo de 4 vereadores que o acusa de não publicar os balancetes financeiros mensais para apreciação em plenário. Se intitulando “independente”, ou seja, nem oposição e nem governista, ele diz que "seu compromisso é com o povo de Leverger".
Além de garantir que não falta transparência em sua gestão, o social-democrata destaca que suas contas de governo estão em dias e nunca foi multado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Por isso, acredita que são divergências políticas que motivam as alegações e até um requerimento apresentado na semana passada cobrando dele a publicação das informações. “Eles têm interesse na Prefeitura. Estão montando um grupo para disputar a Prefeitura e temem que eu seja candidato a prefeito e atrabalhe os planos deles”, alega Wagner Belmiro.
Os vereadores citados pelo presidente da Casa, são Adelmar Genésio Gálio e Regiane Patrícia Lopes Pires, ambos do Pros, Miguel José dos Santos (PSDB) e Ugo da Conceição Padilha (DEM). O requerimento foi feito pela vereadora Patrícia e os 3 colegas assinaram junto com ela. “É falta de atenção deles que vão todo dia na Câmara e na Prefeitura e não olham o mural não olham os documentos e informativos que lá estão publicados”, rebate Teixeira Filho. “Eles não têm assunto para debater e por isso estão me criticando”, emenda.
Questionado sobre o motivo de os 4 vereadores estarem acusado-o de não agir com transparência, ao passo que cobrava justamente transparência do prefeito Valdir Ribeiro (PT) em 2013, Belmiro disse que são interesses políticos. “Aqui vivemos em grupos políticos. Sou de um grupo e eles são de outro. Sou livre e não tenho compromisso com o prefeito. Eu faço o que o povo quer, não reprovo matérias por reprovar, se for um projeto importante para a população eu aprovo, mesmo que seja de autoria do prefeito”, justifica o social-democrata.
Citou como exemplo uma votação em dezembro passado autorizando dotação para pagar os professores. Disse que alguns vereadores faltaram à sessão e ele enquanto presidente chamou atenção deles, fato de desagradou alguns, que em tese, seriam oposição ao Executivo. Mas as "desavenças" não devem parar por aqui, e nos próximos dias, as "picuinhas" deverão resultar numa ação a ser impetrada na Justiça tendo o presidente do Legislativo como acusado".
Vale ressaltar que em ano eleitoral, a população de Santo Antônio do Leverger se envolve em intensos embates para defender seu candidato ou grupo político. As campanhas resultam em “debates acalorados” repletos de trocas de farpas, acusações e brigas. Na campanha de 2012, um encontro do PDT classificado como reunião da Comissão de Ética do partido resultou na morte então secretário de Obras da cidade, Izaías Vieira Pires, 62. Ele morreu alvejado por tiros disparados pelo policial militar, Marcelo Robson Queiroz Moura, 39, que era candidato e foi eleito vereador. Outros 2 envolvidos no atentado político também se elegeram: Patrícia Pires, que é filha do secretário assassinado e também Adelmar Genésio Galio.
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