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Internacional
Sábado - 29 de Março de 2014 às 21:40

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A Rússia não tem intenção de enviar suas forças armadas para a Ucrânia, embora esteja pronta para proteger os direitos dos representantes russos na ex-república soviética, afirmou neste sábado (29) em entrevista o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

"Não temos absolutamente nenhuma intenção de, ou interesse em, cruzar a fronteiras da Ucrânia", disse Lavrov a um canal de televisão russo, segundo a agência Reuters.

A Rússia tem tropas na Crimeia, que recentemente anexou da Ucrânia, com milhares de militares perto da fronteira com a Ucrânia.

Nesta sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a anexação da Crimeia exibiu a destreza militar da Rússia, e seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, relatou que a bandeira russa já tremula em todas as instalações militares da península do Mar Negro.

Em uma cerimônia no Kremlin com autoridades de segurança de alta patente, Shoigu disse a Putin que todos os servidores ucranianos ainda leais a Kiev deixaram a região da Crimeia, cuja anexação por Moscou levou ao pior impasse com o Ocidente desde a Guerra Fria.

"Os acontecimentos recentes na Crimeia foram um teste sério", declarou Putin na TV estatal, falando em um salão amplo do Kremlin. "Eles demonstraram tanto os recursos totalmente novos de nossas Forças Armadas quando o alto moral das tropas."

Esforços do Ocidente

Alexander Malevany, vice-líder do Serviço Federal de Segurança, disse a Putin no encontro que estão sendo tomadas medidas para fazer frente ao que chamou de esforços crescentes do Ocidente para enfraquecer o Estado russo e conter a influência de Moscou em sua vizinhança pós-soviética.

Os Estados Unidos e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) expressaram alarme com o que dizem ser milhares de soldados russos reunidos perto de sua fronteira oeste com a Ucrânia. Putin se reservou o direito de enviar tropas para a Ucrânia, lar de uma grande população de falantes de russo no leste.

Putin louvou as tropas russas por "evitar o derramamento de sangue" na Crimeia, cujos cidadãos de maioria étnica russa votaram majoritariamente para se juntar à Rússia no referendo de 16 de março, rejeitado pelo Ocidente como ilegal.

Falando a servidores ucranianos que decidiram trocar de lado e jurar aliança com a Rússia, Putin insinuou que serão bem recompensados ao indicar que alguns servidores russos recebem cerca de quatro vezes mais que seus colegas ucranianos.

Deserção

O contra-almirante Denys Berezovsky, ex-chefe da Marinha da Ucrânia, recebeu o vice-comando da Frota Russa do Mar Negro depois de sua deserção. "A mudança nos símbolos estatais em todos os navios e todas as divisões que se alinharam com o Exército russo foi finalizada", disse Shoigu a Putin.

Ele afirmou que os navios e aviões de guerra e outros equipamentos tomados das tropas leais a Kiev serão devolvidos à Ucrânia, o que pode ajudar a Rússia a evitar uma possível e custosa batalha legal em cortes de arbitragem internacionais.

O Ministério das Relações Exteriores disse que Moscou tentará anular o acordo de aluguel com Kiev que permitia sediar a Frota Russa do Mar Negro na península.






Fonte: G1

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