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Médico radiologista esclarece mitos e verdades sobre exames de ressonância magnética
O médico radiologista Dr. Jefferson Ricardo Marques, integrante da equipe da clínica Doyon falou ao programa O Povo no Rádio nesta 3ª-feira (07), esclarecendo dúvidas diversas sobre os exames de ressonância magnética.
Uma delas diz respeito às lesões sofridas durante práticas esportivas. A recomendação de exames para fazer um diagnóstico preciso, segundo o médico, independe de ser um atleta profissional ou amador. “Lesões do esporte são bastante comuns. Hoje em dia cada vez mais se praticam esportes em todos os níveis sociais da população. Os atletas de fim de semana ou amadores também se machucam e sofrem lesões. Não é porque o atleta é profissional que só ele pode fazer o exame. Os atletas amadores também se beneficiam do exame de ressonância magnética, porque ele dá respostas que nenhum outro exame dá. O cenário ideal é que um atleta de final de semana que tenha uma entorse de joelho, por exemplo, que faça o exame de ressonância para ter seu problema resolvido também”, afirmou.
Segundo o especialista, existem outros exames que auxiliam no diagnóstico, mas a ressonância magnética é excelente para avaliar as lesões do sistema músculo-esquelético. Pacientes costumam questionar por que os médicos não solicitam logo o exame de ressonância. Dr. Jefferson explica que existem algumas questões que é preciso responder para fazer um diagnóstico. “Tivemos recentemente o caso do atleta Anderson Silva que quebrou a perna. Independente de ser quem é e de estar nos Estados Unidos, ele chegou ao hospital e fez primeiro uma radiografia na perna. Isto, porque naquele contexto era o mais adequado. Ele teve uma fratura importante e o exame mais indicado era o Raio X. Nem sempre a ressonância é o mais indicado em todas as situações. O Médico vai indicar qual o melhor exame”.
Ele destacou ainda que os exames de ressonância magnética possibilitam identificar problemas que não foram vistos em exames de Raio X ou ultrassonografia. “Temos casos em que a ultrassonografia foi normal e a pessoa faz a ressonância e aparece alteração. Existem casos, por exemplo, de fratura por estresse, comuns em pessoas que marcham ou correm distâncias grandes. Às vezes tem uma pequena fratura que não é identificada no Raio X. Da mesma forma que em casos de estiramento em músculo, o ultrassom aparece normal e a ressonância vê até um pequeno edema ou “inchaço” no músculo. Aí vem novamente a pergunta: mas por que o médico não pede logo a ressonância? É porque ele tenta solucionar o problema com um exame que é mais acessível”, afirmou.
Outro fator que envolve os exames de ressonância magnética é o medo, porque o exame é feito em sala fechada e o aparelho é um ‘tubo’ fechado. “Muitas pessoas, antes de entrarem na sala, pensam que são claustrofóbicas. Nos casos de exames de lesões do sistema músculo-esquelético, a maioria dos pacientes nem precisa entrar no chamado ‘tubo’. Somente a parte a ser examinada é que entra. Hoje em dia se investe cada vez mais em aparelhos que tenham o tamanho ou diâmetro deste tubo maior. Mas, quem realmente tem claustrofobia, que não fica em lugar fechado, temos a opção de fazer o exame sob sedação. Não é uma anestesia. A pessoa toma uma medicação na veia e faz o exame dormindo”, explica.
A duração dos exames varia bastante. Podem durar de 15 a 20 minutos até 50 minutos - uma hora. Para lesões, por exemplo, em um joelho, o exame é feito em 15 au 20 minutos”, destaca o especialista.
QUALIDADE DOS EXAMES - Segundo o radiologista, existem equipamentos com campos magnéticos de diferentes potências para a realização dos exames. “Há as ressonâncias menos potentes, que são as de campo aberto e as mais potentes que são as de campo fechado. Esta potência está diretamente relacionada à qualidade do exame. Quanto maior a potência, melhor o resultado do exame. Na Doyon prezamos por ter este aparelho com alta potência, que apresente bons resultados. Se você faz o exame em aparelhos de alta potência, você vai ter um exame de excelente resultado. O aparelho que usamos aqui é de 1.5 tesla (que é a medida de potência da ressonância) que é o que temos na Clínica Doyon são usados, por exemplo, em clínicas da capital paulista”, avaliou.
PRóTESES – Outro questionamento constante diz respeito aos pacientes que usam próteses. Segundo o radiologista estes pacientes podem fazer exames de ressonância com segurança. “A única situação é que às vezes a prótese interfere no resultado. Cito novamente o caso do Anderson Silva que tem agora uma haste de metal dentro do osso: se formos fazer uma ressonância do tornozelo dele vai interferir bastante, por causa da presença deste metal dentro do osso. Não é que cause algum mal a ele, mas a qualidade do exame diminui. Então, cada caso é avaliado, mas o exame pode ser feito por todos, mesmo que utilizem próteses. É preciso avaliar a indicação do exame”.
Indagado sobre a necessidade de jejum para fazer exames de ressonância, o médico explicou que este é solicitado para evitar complicações caso o paciente tenha algum mal estar. “Muitas vezes a pessoa passa mal, com pressão baixa, o que é normal em casos de estresse ou medo e quando isto acontece pode haver vômito entre os sintomas. Evidente que se isto acontecer será menos complicado em jejum do que de estômago cheio. E existem também algumas peculiaridades, como nos casos de ultrassonografia, em que se pede jejum ou uso de medicamento para limpar o intestino, visando garantir uma melhor visualização das estruturas do abdome”.
Dr. Jefferson Marques recomendou ainda que sempre que possível, o paciente esteja acompanhado para fazer exames mais complexos. Ele destacou ainda a preocupação da clínica em oferecer ao paciente todas as atualizações no setor. “Tentamos acompanhar todos os avanços, participando de congressos e trazendo sempre a melhor qualidade possível, buscando exercer aqui medicina que seja de excelência”, finalizou o médico.
Fonte:
Rádio Pioneira
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/95/visualizar/
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