Não pego no pescoço de ninguém e imploro espaço, dispara Maurição
O pré-candidato ao governo e ex-prefeito de Água Boa, Maurição Tonhá (PR), afirma que não é “politiqueiro”, por isso sua articulação rumo ao Palácio Paiaguás tem um perfil diferenciado. Sem papas na língua, Maurição, sem citar nomes, alfineta o petista Lúdio Cabral que, com a ajuda odo deputado federal Valtenir Pereira (Pros), tem feito uma via sacra para viabilizar o seu nome. “Não vou pegar no pescoço de ninguém, ficar saindo atrás, implorando espaço”, dispara.
Ele pondera ainda que “se for disputar é para produzir, vai para ajudar a construir um país melhor”. Nessa linha Tonhá atribui ao seu perfil os rumos tomados pelo Partido da República (PR) nas articulações para escolher um nome para a disputa majoritária nas eleições deste ano. Acontece que o nome dele é cada vez menos citado e quem ganha força com isso é o presidente da legenda Wellington Fagundes que se articula para concorrer ao senado, o que inviabilizaria o projeto de Maurição.
Entre os que defendem o nome de Wellington como prioridade, dentro da legenda, está o senador Blairo Maggi. Para Maurição, o desejo de Wellington é legítimo, mas pondera sobre possíveis mudanças. “Wellington tem um crédito absolutamente grande. Pessoalmente, não vejo nenhum candidato melhor que ele, hoje, ao Senado. Mas é uma opção, como todas as outras, e que pode não se concretizar. Tudo faz parte do processo”.
Outro nome que, recentemente, ganhou força internamente é o do suplente de Blairo, Cidinho dos Santos.
Embora ele tenha reiterado que não almeja concorrer ao Governo, lideranças defendem que seria uma boa opção. Tonhá, por sua vez, prefere não polemizar e apenas pondera que não pertence a uma considerável parcela de políticos que vivem para isso. “Não faço parte de uma classe política que fica o dia inteiro falando disso. Tem gente que não trabalha e fica fazendo politicagem”, alfineta.
Em seguida, completa dizendo que gosta muito de trabalhar e que “quando fez política foi trabalhando e não politicando”. O republicando é pecuarista e ficou conhecido como o rei dos leilões de gado.
Cidinho dos Santos nunca foi apresentado oficialmente ao PR como uma opção na chapa majoritária. Ocorre que produtores rurais e prefeitos de alguns municípios do interior do Estado passaram a empunhar a bandeira para que o suplente entrasse na disputa. Ele, apesar de não se assumir como candidato, nunca escondeu o desejo de concorrer e, atualmente, fez uma série de visitas ao interior do estádio em companhia do pré-candidato ao governo, Lúdio Cabral (PT). Nos bastidores, cogitou-se, inclusive, que uma “dobradinha” ao Executivo estadual poderia ser esperada.
Cidinho foi prefeito de Nova Marilândia (392 km de Cuiabá) por três vezes; secretário de Estado de Projetos Estratégicos no governo Blairo Maggi (PR) e presidiu a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Atualmente, como suplente, assumiu a cadeira no Senado após o titular pedir licença pelo período de seis meses.
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