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Internacional
Segunda - 17 de Março de 2014 às 16:16
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O Parlamento da Ucrânia ratificou hoje (17) a decisão do presidente interino do país, Oleksandr Turchinov, de mobilizar voluntários para integrar as Forças Armadas do país e fazer frente às ameaças da Rússia a seu território. A decisão foi aprovada pelo Legislativo com votos de 275 dos 308 deputados presentes na sessão. A Constituição ucraniana determina que os decretos presidenciais sejam ratificados pelo parlamento.

Segundo Turchinov, a Rússia mantém a agressão na Crimeia e tenta simular “uma grande farsa” com o referendo realizado ontem, “que nunca será reconhecido nem pela Ucrânia e nem pelo mundo civilizado”. O decreto presidencial prevê que serão mobilizados os cidadãos que expressarem voluntariamente o desejo de se incorporar às forças armadas e cria condições para que as forças armadas e os serviços de defesa civil possam se organizar para o “tempo de guerra”. O prazo de mobilização é 45 dias a partir de hoje.

A despeito das declarações do presidente do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, que, após aprovar resolução para declarar-se independente da Ucrânia e pedir a anexação da península à Rússia, afirmou que as unidades militares ucranianas no território serão dissolvidas, o ministro da Defesa da Ucrânia, Igor Teniuk, disse que as tropas permanecerão na Crimeia. “Os militares que estão destacados (na Crimeia) ficarão lá”, declarou o ministro numa coletiva de imprensa.

No referendo de domingo, quase 97% dos eleitores que foram às urnas na Crimeia votaram a favor da reunificação com a Rússia, de acordo com a Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhailo Malychev. O território é habitado majoritariamente por 58,32% de russos, além de 24,32% de ucranianos (ambos de religião ortodoxa) e 12,1% de tártaros da Crimeia (muçulmanos), o que já indicava, desde o início, uma vitória consistente do “sim” à união com a Rússia. Os governos dos Estados Unidos e dos países da União Europeia afirmaram que não reconhecem o resultado do referendo, por considerarem a consulta "ilegal e ilegítima".






Fonte: Agência Lusa

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