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Consórcio garante instalação de iluminação provisória na via
Obra do VLT deixa Av. da FEB sem luz; lojistas têm prejuízo
Edson Rodrigues/Secopa
Avenida FEB: trecho em obras para implantação do VLT; falta de iluminação é problema
A falta de iluminação ao longo da Avenida da FEB, em Várzea Grande, em decorrência das obras para implantação da via permanente do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), tem aumentado o medo e a sensação de insegurança dos comerciantes localizados ao longo da via e dos moradores da região.
Para tentar inibir a ação de marginais e dar uma falsa sensação de segurança aos funcionários que deixam seus locais de trabalho e para quem transita pela região, os comerciantes têm improvisado meios de iluminação nas fachadas das lojas, que, no entanto, não alcança muitos metros.
Em alguns trechos, a única iluminação existente no período noturno é dos poucos carros que rapidamente passam pela avenida rumo ao Aeroporto Marechal Rondon, em direção à Cuiabá pela Ponte Júlio Muller, ou daqueles que seguem para os bairros adjacentes onde residem.
Segundo o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Várzea Grande, Jean Ibrahim Rassi, a reclamação é geral por parte dos empresários, desde o início das primeiras interdições na via.
“Do Trevo da Ponte Nova até à Avenida Couto Magalhães, os dois lados da Avenida da FEB estão sendo atingidos pela obra. Agora, sem iluminação, a ação dos marginais está facilitada: eles agem com mais tranquilidade e os poucos funcionários que restam nos comércios – porque a maioria foi demitida – correm riscos”, disse.
" Agora, sem iluminação, a ação dos marginais está facilitada, eles agem com mais tranquilidade e os poucos funcionários que restam nos comércios – porque a maioria foi demitida – correm riscos" Ao MidiaNews, ele afirmou que nos últimos meses algumas empresas fecharam suas portas e outras mudaram de local. Outro grupo tenta “sobreviver” na região, ainda que registrem quedas no faturamento de até 80%.
“Todos os associados estão reclamando e o problema está maior agora. Essa interdição toda deveria durar apenas três meses, mas já se arrasta por oito meses”, ressaltou.
Rassi disse que não foi feito um levantamento por parte da CDL Várzea Grande do número de ocorrências na região da Avenida da FEB, em decorrência da falta de iluminação, mas garante que elas já foram registradas na via.
“Com certeza já tivemos muitas ocorrências naquele trecho, com motos sendo roubadas, assaltos e moças sendo atacadas por motivos escusos”, afirmou.
Outras vias
Assim como ocorreu na Avenida da FEB, a Avenida João Ponce de Arruda, também em Várzea Grande, e a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), em Cuiabá, também tiveram a iluminação pública retirada ou desligada para o início das adequações para implantação da via permanente do VLT.
Por essa razão, no início do mês as prefeituras dos dois municípios notificaram o consórcio a garantir a iluminação por todos os 22,2 km que serão percorridos pelo VLT.
Apenas na Avenida do CPA, nove postes de iluminação pública foram retirados do trecho compreendido entre a sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT) e o Viaduto da Avenida Miguel Sutil.
Outro lado
"Com certeza, já tivemos muitas ocorrências naquele trecho, com motos sendo roubadas, assaltos e moças sendo atacadas por motivos escusos" Segundo o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, o avanço dos trabalhos na Avenida da FEB demandou o desligamento de algumas lâmpadas dos postes de iluminação pública e uma iluminação provisória já está sendo providenciada para o trecho afetado.
De acordo com o consórcio, as atividades nas duas vias foram iniciadas em março e compreendem a remoção de interferências, começando pela Avenida João Ponce de Arruda, onde a iluminação provisória já foi instalada.
Na Avenida do CPA, na Capital, as atividades de remoção de postes do canteiro central começaram no dia 28 de julho e serão executadas por etapas ao longo das avenidas que compreendem todo o trajeto do VLT.
O consórcio garante, porém, que toda iluminação retirada será substituída por outra em caráter provisório.
Por meio de assessoria, o consórcio explicou que a retirada da rede elétrica faz parte das atividades relacionadas à remoção de interferências, que abrange também as redes de água e telecomunicações.
As empresas ressaltam, porém, que a extração da estrutura de iluminação pública é feita com toda a segurança e sinalização do local.
Iluminação definitiva
Segundo o consórcio, a implantação do VLT demandará um projeto com nível de iluminamento diferenciado do instalado atualmente nas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande que compreendem o trajeto do VLT.
O projeto deverá seguir todos os parâmetros exigidos pelo novo modal de transporte, obedecendo às normas e procedimentos estabelecidos para a iluminação pública.
Novo modal
O novo modal de transporte coletivo está previsto para ser implantado em dois eixos (CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro) e deverá passar pelos canteiros centrais das principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande: Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), FEB, XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
O projeto inclui não apenas a implantação dos trilhos e construção dos vagões do metrô de superfície, mas também a execução de 12 obras de arte – entre pontes, trincheiras e viadutos – por todos os 22,2 km que serão percorridos pelo modal.
Orçada em R$ 1,477 bilhão, a obra é executada pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda, que compõem o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/9441/visualizar/
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