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Política
Sábado - 15 de Março de 2014 às 12:24
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O governador Silval Barbosa (PMDB) aproveitou a solenidade em que anunciou que permanecerá no Paiaguás até o término de seu mandato para avisar que não concederá a MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, à iniciativa privada. 

A medida foi adotada, segundo o peemedebista, para evitar que a cobrança de pedágio na rodovia se volte contra os candidatos de seu grupo político na eleição de outubro. 

Apesar disso, Silval pontuou acreditar ser um equivoco não privatizar o trecho. “Foi uma decisão que eu tomei pela resistência. Pode ser um equivoco, mas não quero agora, no período eleitoral, fazer com que esta estrada se torne uma bandeira eleitoral, como já estão tentando fazer. Não vou mais mexer com privatização”, disse. 

O trecho que seria concedido à iniciativa privada é de aproximadamente 150 km. Ele se dividiria em três subtrechos, sendo o primeiro da Capital até Chapada dos Guimarães; o segundo de Chapada a Campo Verde; e o terceiro de Campo Verde até o entroncamento com a BR-070. 

Um estudo de viabilidade produzido pela Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) previa três pontos de pedágio nos 60 quilômetros entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Uma viagem de ida e volta, de acordo com o levantamento, custaria R$ 24,60 em dias úteis e R$ 32,60 aos finais de semana e feriados. 

A intenção, no entanto, causou revolta na população que se mobilizou contra a concessão. As manifestações chegaram a resultar na apresentação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa que prevê a proibição de taxas de pedágio em “estradas parque” ou “rodovias turísticas”. A mensagem é de autoria do deputado estadual José Riva (PSD). 

Por conta disso tudo, Silval mudou o foco. Ele, no entanto, não descartou investimentos nesta MT. O peemedebista afirma que não poupará esforços para viabilizar a duplicação da rodovia. 

“Agora vamos trabalhar na recuperação da estrada. Vou insistir e ver se eu consigo superar a questão ambiental para duplicar até Chapada. Venho lutando muito para viabilizar isto”, afirmou. 

De acordo com o chefe do Executivo, o governo, inclusive, já possui recurso em caixa para realizar esta obra. “Tem até parte do dinheiro em conta, entra no Prodetur [Programa de Desenvolvimento do Turismo]. São mais de R$ 24 milhões”, adianta. 

Segundo Silval, há ainda outra alternativa para o local. “Os deputados vêm discutindo esta questão, que é construir uma estrada que liga o Rodoanel, ali no Pedra 90, a Chapada. Isso dá um total de 30km, saindo para frente de Chapada uns 5km”, explica. (KA)






Fonte: Do Diário de Cuiabá

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