Silval diz que fica no Governo por causa da Copa
O governador Silval Barbosa (PMDB) confirmou nesta sexta-feira (14), durante entrevista coletiva, que permanecerá no Governo, conforme o MidiaNewshavia antecipado.
Segundo ele, o objetivo é concluir tudo o que começou, principalmente as obras à Copa do Mundo. Mesmo avaliando o cenário eleitoral, Silval optou por ficar no governo em detrimento de renunciar ao mandato para disputar a vaga ao Senado.
O governador lembrou que faz um Governo atípico - devido as obras para a realização do mundial de futebol em Cuiabá - e irá até o último dia do seu governo se desdobrar para manter os compromissos feitos com a população.
Conforme o governador, antes de tomar a decisão, conversou com todos os partidos aliados, com o pessoal do PMDB regional e nacional, com familiares e amigos.
Torcida
Muitos dos aliados políticos de Silval, inclusive a cúpula nacional do PMDB, torciam para que ele entrasse na disputa. Para isso, o governador teria que se desincompatibilizar do cargo até o dia 5 de abril.
Porém, ele optou por concluir seu mandato até 31 de dezembro, e já comunicou a presidente Dilma Rousseff (PT), esta semana, em Brasília, sobre sua decisão.
Sua decisão foi motivada, principalmente, em função dos compromissos assumidos em relação à Copa do Pantanal. Se deixasse o governo, ele perderia o controle sobre o processo, que está em atraso, e poderia colocar em risco as conclusões das obras.
O fraco desempenho nas pesquisas de opinião também foi determinante para a decisão de continuar no Governo.
Consequências
Com Silval fora da disputa, o caminho fica mais aberto para uma escolha do candidato a senador da base aliada. Os nomes mais cotados para entrar na corrida pelo Senado são os deputados federais Wellington Fagundes (PR) e Carlos Bezerra (PMDB) – este último já teve um mandato de senador, enquanto o primeiro sonha com o cargo há vários anos.
Por outro lado, a permanência de Silval no cargo praticamente inviabiliza a candidatura ao Governo do vice-governador Chico Daltro (PSD).
Se assumisse o comando do Palácio Paiaguás, Daltro seria um candidato natural à reeleição, como foi Silval em 2010, após a saída do então governador Blairo Maggi (PR). Fora da cadeira de governador, Daltro deve concorrer para deputado federal.
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