Restrições comercial para a Rússia pode beneficiar exportações de MT

Um possível rompimento comercial entre a Rússia e os Estados Unidos pode beneficiar as importações de carne mato-grossense. O país russo tem sido o principal responsável pela compra da carne bovina de Mato Grosso. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em janeiro deste ano a Rússia importou 18,3% do volume total embarcado pelo estado.

O analista do Imea, Fábio da Silva, explica que a liderança da Rússia foi conquistada após quatro meses da retomada das importações. Por dois anos, até outubro de 2012, os russos restringiram a compra da carne brasileira. Para ele, o rompimento com os Estados Unidos pode fazer com que a Rússia procure outros países para abastecer o consumo interno de carne. "O Brasil se destaca na produção de carnes, consequentemente, Mato Grosso ganha esse espaço por ser dono do maior rebanho de bovinos do país, com aproximadamente 28,5 milhões de animais.

Conforme ele, com a demanda da carne aquecida, os preços continuarão atrativos para o produtor. O último boletim divulgado pelo Imea mostra que na sexta-feira (7) a arroba do boi gordo em Mato Grosso alcançou um índice histórico, de R$ 104/@. "Nas principais regiões produtoras do estado a arroba está custando acima de R$ 100. Isso porque, além da demanda aquecida, a produção está mais justa".

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os russos importaram em janeiro deste ano 5,15 mil TEC (Tonelada Equivalente Carcaça) de Mato Grosso. Já o Oriente Médio,  adquiriu 16,80% das exportações e 4,74 mil TEC compradas de Mato Grosso.

O destaque negativo ficou por conta da Venezuela, que reduziu seu poder de compra de 9,58 mil TEC (em dezembro de 2013) para 3,91 mil TEC (em janeiro deste ano) ou 13,86% de participação do total exportado por Mato Grosso 

Crise

Além dos Estados Unidos, a União Europeia vai começar a preparar novas respostas às ações da Rússia na Ucrânia. Nesta terça feira (12), os líderes dos países do G7, grupo que reúne as maiores economias do mundo, pediram que a Rússia detenha a realização de um referendo sobre o status da região ucraniana da Crimeia e cancele suas ofensivas para que a região se anexe a Moscou.