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Internacional
Sexta - 14 de Março de 2014 às 00:30
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, advertiu o governo de Moscou nesta quinta-feira (13) que tanto os EUA quanto a União Europeia estão dispostos a adotar medidas "mais sérias" sobre a Crimeia se o referendo que decidirá sobre a separação da região autônoma da Ucrânia ocorrer no domingo (16).

Marcado para o domingo, o referendo determinará a adesão ou não da Crimeia à Rússia.

"Se não houver um sinal de avançar e resolver este tema, existirá uma série de medidas muito sérias na segunda-feira", afirmou Kerry ante uma comissão do Senado americano, na véspera de seu encontro com o chanceler russo Serguei Lavrov, que ocorrerá na sexta-feira em Londres.

Segundo Kerry, as tensões entre a Rússia e os EUA sobre a Ucrânia "tem a capacidade" de afetar as relações com o governo Putin em relação à Síria.

O secretário norte-americano estimou em cerca de 20 mil soldados as tropas russas atualmente na Crimeia, mas sem condições e recursos necessários para tomar toda a Ucrânia.

Putin isenta Rússia

Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a Rússia não é culpada da crise na Ucrânia, mas deve enfrentar suas consequências e redefinir suas relações com o país vizinho e o Ocidente.

"Não foi por nossa culpa que surgiu esta crise, mas fomos envolvidos nela", afirmou o líder do Kremlin em reunião do Conselho de Segurança russo, integrado também pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, os ministros da Defesa, Interior e Relações Exteriores, além dos presidentes das duas câmaras do parlamento, segundo a EFE.

Diante das crescentes ameaças de sanções por parte do Ocidente e da comunidade internacional se for concretizada a adesão da rebelde república ucraniana da Crimeia à Rússia, Putin sugeriu ao Conselho de Segurança russo a necessidade de revisar as relações de Moscou com o resto do mundo.

"Vamos pensar juntos sobre como lidar com nossas relações com nossos parceiros e amigos na Ucrânia, e com nossos sócios na Europa e Estados Unidos", apontou.

Os países do G7 exigiram que a Rússia não adote medidas que facilitariam a reunificação com Crimeia, permita a presença de observadores e mediadores internacionais neste território e aceite um diálogo direto com o novo governo de Kiev, estabelecido após a fuga do presidente pró-russo Viktor Yanukovich.

Os líderes da União Europeia (UE) acertaram na semana passada em aplicar as primeiras sanções à Rússia, que consistiram na suspensão de negociações bilaterais para a liberalização de vistos e de um novo acordo sobre o tema.






Fonte: Do G1, com AFP

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