Duas crianças, de 5 e 10 meses, aguardam vagas da rede pública de Goiânia. Elas nasceram com má formação e procedimentos podem recuperá-las.
Famílias tentam vaga para bebês operarem pés
O menino fez tratamento por quatro meses no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o pé já foi engessado por quase 20 vezes. “Eu sei que tem muita gente esperando por essa cirurgia, mas meu coração fica apertado de ver ele nessa situação”, conta a auxiliar de produção Rosicleide Rosa Favorito.
De acordo com a mãe, o médico que atendeu a criança disse que o bebê precisa da cirurgia para ter chances de aprender a andar normalmente. “Me mandaram esperar em casa, pois não há previsão de realização do procedimento”, afirma.
O Crer informou, em nota, que foi solicitado no último dia 23 uma autorização a Secretaria Municipal de Saúde para internação de Adriel, mas ainda não houve liberação. A secretaria, por sua vez, disse que ainda não consta no sistema de regulação nenhum pedido do Crer e que os casos semelhantes “são atendidos prontamente”.
Outro caso
Já a outra criança é Roberto Rian, de 10 meses, que nasceu com uma má formação nos dois pés. A família mora em Rio Verde, no sudoeste do estado, mas o procedimento só pode ser feito na capital. “Estamos correndo atrás desde que ele nasceu e até agora nada. Disseram que só mesmo em Goiânia”, contou a mãe, a dona de casa Luzinéia Rosa Ferreira.
Segundo a mulher, foram várias idas e vindas aos hospitais públicos em busca de ajuda, mas até agora não houve resposta. A família, que tem renda mensal de um salário mínimo, não tem condições de pagar pelo procedimento na rede particular. “Tenho medo que ele cresça e não consiga andar”, desabafou a mulher.
Procurada, a Secretaria de Saúde de Goiânia informou, na noite desta sexta-feira (6), que a cirurgia de Roberto será marcada imediatamente.
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