Irmã de jovem que morreu após cirurgia plástica em MT alega omissão

A irmã da jovem de 25 anos que morreu após ser submetida a uma cirurgia plástica, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, alegou que houve demora no atendimento no pós-operatório. Ela registrou um boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil do município denunciando o médico que realizou o procedimento por suposta omissão de socorro. A paciente morreu no último sábado (8), uma semana após passar por uma cirurgia para o implante de silicone nos seios.

A irmã da jovem que trabalhava como atendente de caixa em uma agência bancária da cidade disse que houve demora no atendimento pós-operatório e deu detalhes de horários em que a paciente procurou atendimento no hospital reclamando de fortes dores e de dificuldade para respirar.

Após a paciente passar mal e ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Sorriso, o médico Sérgio Evangelista alegou que a parada cardiorespiratória da jovem não tinha nenhuma ligação com a cirurgia plástica. Segundo ele, a prótese fica distante do pulmão e o pneumotórax, além de ter origem traumática, pode ser ocasionado de forma espontânea. 

O corpo da jovem foi sepultado neste domingo (9), no cemitério municipal de Sorriso. Ela estava internada na UTI desde o dia 1º deste mês em estado grave. O corpo foi submetido a exame de necropsia, o qual deverá apontar as causas da morte e se de fato está relacionado ao procedimento cirúrgico.

Uma equipe do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) foi até a unidade de saúde e fez uma vistoria. O relatório informando se o hospital particular tinha estrutura de realizar esse tipo de procedimento sem apresentar risco à paciente deve ser divulgado nesta semana.

Na madrugada de sábado (1º), a paciente telefonou ao setor de emergência da clínica queixando-se de dores e dificuldade para respirar; a garota foi orientada a tomar uma medicação, mas apresentou as mesmas queixas quatro horas depois e acabou retornando à clínica, onde recebeu atendimento.

Segundo a assessoria do hospital regional, ela deu entrada na unidade já inconsciente após a parada cardíaca e assim ficou até a manhã deste sábado, quando o óbito foi registrado.