Criação de empregos nos EUA acelera mais que o esperado
A criação de empregos nos Estados Unidos acelerou mais do que o esperado em fevereiro, o que pode aliviar temores de uma desaceleração abrupta no crescimento econômico e manter o Federal Reserve, o banco central do país, em seu caminho de redução do estímulo monetário.
Os empregadores norte-americanos abriram 175 mil vagas no mês passado após criarem 129 mil em janeiro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego, no entanto, subiu para 6,7% ante mínima de cinco anos de 6,6%.
Economistas consultados pela Reuters esperavam criação de 149 mil vagas nas folhas de pagamento fora do setor agrícola e que a taxa de desemprego permanecesse em 6,6%.
O inverno atípico e com neve atrapalhou a atividade econômica. A neve e o gelo cobriram áreas densamente populosas durante a semana em que foi feita a pesquisa com os empregadores.
A duração da semana média de trabalho em fevereiro caiu ao seu menor nível desde janeiro de 2011.
A pesquisa menor de domicílios, que serve para auferir a taxa de desemprego, mostrou que 601 mil pessoas com empregos ficaram em casa devido ao clima ruim. Esta foi a leitura mais alta para o mês de fevereiro desde 2010.
Autoridades do Fed, incluindo a chair Janet Yellen, têm visto a recente fraqueza nos empregos, que foi replicado em dados como as vendas no varejo, produção industrial e construção de moradias, como relacionada ao clima e temporária.
A maioria dos economistas espera que o Fed anuncie mais cortes aos seu estímulo em sua próxima reunião, em 18 e 19 de março.
A criação de empregos no mês passado foi quase generalizada, com 162 mil vagas criadas no setor privado e 13 mil empregos gerados no setor público. O setor manufatureiro registrou o sétimo mês consecutivo de ganhos nos empregos, acrescentando 6 mil novos postos de trabalho, o mesmo que em janeiro.
Os empregos no setor de construção civil, que surpreendeu em janeiro ao registrar grandes ganhos, cresceram em 15 mil no mês passado.
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