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Agronegócios
Sexta - 07 de Março de 2014 às 06:54
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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E, como aconteceu no mercado internacional, a maior valorização foi a do café. De acordo com cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez), a commodity fechou fevereiro com uma cotação média 23,92% maior que a de janeiro.

Esse salto foi suficiente para uma recuperação impensável antes que o déficit hídrico sobretudo em regiões de Minas, Paraná e São Paulo começasse a prejudicar as plantações, o que ficou claro nas primeiras semanas do ano. Assim, mesmo após as fortes retrações do ano passado (motivada por uma oferta confortável), na comparação com fevereiro de 2013 a média do mês passado foi 3,58% superior.

Na esteira das oscilações em Chicago, mas também influenciada por uma demanda doméstica aquecida, o milho fechou o mês passado em um patamar 13,6% mais elevado que em janeiro. Com isso, a variação em relação a fevereiro de 2013 também passou a ser positiva (8,21%). Como na soja o salto mensal foi menor (4,36%), em relação ao nível de um ano atrás ainda há queda (7,8%).

Sob os reflexos da entressafra de cana, do pessimismo climático e da reação do consumo interno, os contratos de segunda posição de entrega do etanol, por sua vez, fecharam o mês passado com valor médio 7,1% maior que o de janeiro e passaram a acumular alta de 5,95% sobre fevereiro de 2013.

Em termos nominais, o nível alcançado agora pelos preços do café é o mais elevado desde janeiro de 2013, no milho, é o maior desde dezembro de 2012, na soja desde agosto de 2013 e no etanol é o pico da série histórica iniciada em maio de 2010. Mas nada como o boi gordo, que também alcançou em fevereiro, quando subiu 6,26% em relação a janeiro, a maior média de sua série - só que essa série começou em 1991.

Se a falta de chuvas também prejudicou pastagens e afetou a oferta de animais para abate, a demanda aquecida completou o quadro que mantém o boi nas alturas. E essa demanda está particularmente forte no mercado externo, tanto que os embarques brasileiros de carne bovina in natura mantiveram um ritmo forte em fevereiro e a expectativa é de recorde em 2014.






Fonte: DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

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