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Política
Sexta - 07 de Março de 2014 às 03:29
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (6) que o PMDB, principal sócio da presidente Dilma Rousseff no governo federal, é o partido que atualmente mais representa a “oposição”. O petista criticou a postura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), de defender uma reflexão sobre a aliança entre as duas legendas e ponderou que uma sigla governista não pode “ter duas caras”.

“Não se pode ser situação e oposição ao mesmo tempo. O PMDB é o partido que mais está na situação de oposição”, afirmou o líder do PT em entrevista na Câmara.

Apesar de o PMDB integrar a base de apoio à gestão da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha tem sido, desde o último ano, um dos maiores críticos do Palácio do Planalto na Câmara.

Nesta quinta (6), o peemedebista disse, em sua conta no microblog Twitter que a necessidade de discutir a aliança entre o partido e o PT não está "restrita" à parceria entre as duas siglas no governo do Rio de Janeiro. No início da semana, também por meio da internet, Cunha disse que que "está cada vez mais convencido" de que o PMDB precisa "repensar" a aliança com o PT.

Não se pode ser situação e oposição ao mesmo tempo. O PMDB é o partido que mais está na situação de oposição"

Vicentinho (PT-SP), líder do PT na Câmara

De acordo com Vicentinho, no PT não existe “nenhuma vontade de rever a relação com a sigla aliada. “É um partido importante. Não é partido da base aliada, é um partido governista, porque detém a Vice-Presidência da República, com o Michel Temer. O que existe é gente fula”, disse o petista.

O deputado defendeu ainda que o governo priorize o diálogo com a direção nacional do PMDB em vez de conversar, sobretudo, com o líder do partido na Câmara. “O tratamento tem que ser com o PMDB, com a direção do partido, não só com o líder do PMDB. Tem que ter a participação do Temer, inclusive. Sem excluir o Eduardo Cunha, mas não ter diálogo somente com ele”, afirmou.

Sem citar o nome de Cunha, Vicentinho criticou “ameaças” de rompimento do PMDB com o governo federal. “Nenhum partido da base do governo pode ser duas caras Essa história de ameaça, de sair fora, eu tenho dúvidas de que proceda. Mas recomendamos que o governo converse com a base aliada.”

Blocão

Insatisfeitos com a falta de diálogo com o Palácio do Planalto e o excesso de projetos com urgência constitucional que trancam a pauta do Congresso, sete partidos da base aliada e o oposicionista Solidariedade, formaram o chamado “blocão” na Câmara.

O grupo, liderado pelo PMDB, anunciou que se reunirá toda semana para articular pauta de votações e defender posições comuns. O objetivo é pressionar o Planalto e aumentar o poder de negociação com o Executivo.

Um dos argumentos usados para a formação do bloco foi o de “fortalecer o Congresso” e viabilizar a votação de projetos de autoria e interesse dos parlamentares. Para Vicentinho, porém, o “blocão” não reforçar o papel do Parlamento.

“Esse é um argumento furado. Fortalecer o Congresso é viabilizar votações e não obstruir ou derrubar projetos”, disse.






Fonte: Do G1

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