Marco Feliciano alerta contra os “falsos políticos evangélicos” Deputado pastor publica “carta aberta aos cristãos”
Os quatro primeiros anos do pastor Marco Feliciano como deputado foram cheios de “altos e baixos”. Atacado à exaustão por suas posturas conservadoras e defendido por vários segmentos evangélicos, ele amadureceu forçosamente como político.
Agora, no final de seu mandato e tendo como horizonte uma reeleição em que, segundo analistas, pode ser o mais votado do Brasil, ele divulga uma “carta aos irmãos cristãos brasileiros”.
Nela, Feliciano analisa os rumos da bancada evangélica que, explicita, muito contribui “para a defesa da família, dos bons costumes e principalmente a defesa das liberdades civis”. Ressaltando que existe um perigo real que sejam aprovadas Leis que impedem “a livre manifestação de pensamento inclusive o cerceamento de pregar a Palavra de Deus”. Aponta ainda o que chama de “vitória histórica” o fato de a PL122 não ter virado lei.
O deputado parabeniza os evangélicos pela crescente conscientização política, mas faz alguns alertas. Sem citar nomes, enfatiza que “partidos de esquerda, de orientação marxista, trotskista, stalinista, vem sistematicamente aparelhando o Estado, infiltrando seus agentes e enfraquecendo as instituições tradicionais, como a Igreja”. Uma referência velada ao apoio de várias denominações à Dilma em 2010 e que já indicam que irão apoiar sua reeleição.
Mas não é só isso, acredita ele, está havendo um conflito mais amplo na sociedade, envolvendo a influência de programas de TV. O resultado é o fomento de “lutas fratricidas colocando índio contra branco, operário contra patrão, heterossexual contra gay ao invés do diálogo franco e conciliado”
Feliciano se mostra preocupado, pois existe “uma forte maquinação perpetrada por partidos de esquerda no sentido de implantar em nosso País um regime totalitário, onde o centro das decisões políticas que nortearia o destino de todo povo seria de uma central de poder composta por pessoas descompromissadas com tudo que um País Cristão constrói para o bem estar de seu povo lastreado por um vínculo familiar onde o Pai a Mãe, cabeças desse pequeno universo, orientam os filhos no caminho do bem, em que nada vem sem o esforço de seu suor”.
Para combater isso, pede que os cristãos reflitam muito antes de votar, evitando os “políticos profissionais evangélicos”, que só visitam as igrejas em tempos de eleição tentando “iludir nosso povo”, e depois de eleito nunca aparecem nas reuniões da Frente Parlamentar Evangélica.
O deputado finaliza, agradecendo o apoio que tem recebido de toda a “Nação Cristã”. Reconhece sua dependência de Deus e faz uma avaliação de seu mandato, acreditando que conseguiu superar muitos obstáculos e hoje está “à altura dos melhores legisladores que labutam no Parlamento”.
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