Calor e mosca branca devastam lavouras de feijão em Goiás
Com o calor, as plantas não se desenvolveram e o ataque da mosca branca espalhou a doença do mosaico dourado pelas lavouras.
Em uma fazenda onde foram plantados 200 hectares de feijão em janeiro, os funcionários agora trabalham para destruir as plantas que estavam em fase de desenvolvimento.
Dos 250 milímetros de chuva esperados para o mês de janeiro, choveu apenas 70 milímetros e a planta não se desenvolveu como esperado.
Além do clima, a mosca branca também foi responsável por muitos danos nas lavouras. O engenheiro agrônomo Ivan Garcia calcula que só na região sudoeste do estado, 70% das lavouras foram infestadas pela praga. A mosca causa a doença do mosaico dourado e impede o desenvolvimento do feijoeiro. “A mosca branca se contamina com a planta hospedeira, o mosaico dourado, e transmite a virose”, explica.
André Luiz Ribeiro também observa os 100 hectares destinados a cultura na propriedade e faz as contas. Por causa da quantidade de aplicações de defensivos para combater a mosca, o custo de produção por hectare aumentou, pelo menos, 20%.
Para amenizar os prejuízos, os produtores estão investindo em outras culturas na mesma área onde o feijão foi plantado.
Um levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta perdas de mais de R$ 1 bilhão em Goiás por causa do mosaico dourado, doença transmitida pela mosca branca.
Os produtores de soja de Rio Verde também enfrentam problemas. A falta de chuva é a grande responsável pelo não-desenvolvimento dos grãos.
Flávio Faedo, presidente da Comissão de Grãos da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), fala sobre as perdas, a situação atual da colheita e o período de plantio da safrinha.
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