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Sábado - 07 de Setembro de 2013 às 23:21

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Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticia
 O maxilar de Marcos Palmeira nunca mais será o mesmo depois de Saramandaia. Para viver Cazuza, o farmacêutico que, quando está nervoso, bota o coração pela boca, o ator assume que passou muitas horas de boca aberta ou em treinamento para as cenas de ataque do personagem.
 
"Acho que só a partir da segunda semana de gravação eu consegui fazer as cenas do jeito que eu queria. Novela é bom por isso, a gente vai ajustando aos poucos. E no caso do Cazuza, não era só atuar, tinha de pensar também no trabalho da equipe de efeitos visuais", explica o ator, aos risos.
 
Carioca, adepto de um estilo de vida saudável e apaixonado pelas artes, Palmeira é filho do cineasta Zelito Viana e sobrinho do saudoso Chico Anísio. Por conta disso, a atuação está em sua vida desde a mais tenra idade. Ao longo de sua trajetória, ficou conhecido pelo tipos fortes que interpretou em tramas como Pantanal, da extinta Manchete, Renascere no remake de Irmãos Coragem, ambos da Globo. Próximo do fim de Saramandaia, o ator de 50 anos recém-completados só quer saber de férias da tevê. Afinal, no ltimo ano, ele esteve envolvido com a novela Cheias de Charme e a microssérie O Canto da Sereia.
 
"Estou precisando dar um tempo e fazer outras coisas", admite.
 
No entanto, ainda será possível ver Palmeira atuando na comédia Vendo ou Alugo, em cartaz nos cinemas. Fora do mundo das artes, ele vai dedicar-se à loja Vale das PalmeiraS, localizada no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde comercializa os produtos que cultiva em sua fazenda há anos.
 
"Acredito e apoio uma alimentação mais saudável e de qualidade. Sendo assim, a loja é um sonho realizado. Vem tudo fresquinho lá da fazenda", valoriza.
 
O Fuxico: Você participou de Cheias de Charme, de 2012, e teve um papel de destaque na microssérie O Canto da Sereia, exibida no início deste ano. Esperava voltar ao vídeo tão rápido, como em Saramandaia?
 
Marcos Palmeira: Realmente não. Sou do tipo que gosta de definir de forma mais criteriosa o que eu quero e o que eu posso fazer na tevê. Venho de uma leva de projetos irrecusáveis. Revisitar uma obra tão importante do Dias Gomes e reencontrar pessoas com quem eu já trabalhei em outras produções, como o Ricardo Linhares (autor), a Denise Saraceni e o Fabrício Mamberti (diretores), me deixou muito animado. Fora que é um personagem diferente, ousado e que tinha tudo para ser divertido.
 
OF: Saramandaia termina no final do mês. Qual o saldo deste trabalho?
 
MP: Foi cansativo, mas extremamente prazeroso. A questão do cansaço é pelas idiossincrasias do Cazuza. Para ele colocar o coração pela boca, é preciso atuar pensando no processo de pós-produção, feito pela equipe de efeitos visuais. A experiência foi fantástica.
 
OF: Por quê?
 
MP: Há tempos a teledramaturgia nacional não apostava tão alto no realismo fantástico. Eu, particularmente, adoro todas essas brincadeiras que estão na novela. Mas isso dá trabalho, porque não é só chegar e fazer. É preciso passar verdade nas cenas. Repeti muitas vezes o movimento de abrir a boca, tudo para afinar, junto com a direção, o melhor jeito de fazer as sequências.
 
OF: Alguma cena ou característica do Cazuza o encantou de forma especial?
 
MP: Eu adorei ressuscitar em praça pública (risos). Foi uma das primeiras cenas do personagem e achei incrível ficar dentro do caixão. Aos poucos, o público foi descobrindo que o Cazuza iria além de apenas pôr o coração para fora. Ele é um tipo travado, politicamente correto, e que não se adapta ao momento de transformação social da cidade. Essas características do papel relacionadas ao contexto político de Saramandaia fazem toda a diferença para mim.
 
OF: Ao longo deste ano você também pôde ser visto na reprise de Renascer, exibida pelo canal Viva. Qual sua principal lembrança daquela época?
 
MP: Pisar no cacau era muito bom! (risos). Eu tenho família na Bahia e lembro que, ao gravar Renascer, sentia que estava próximo das minhas raízes. Isso me ajudou a criar o João Pedro. Por falta de tempo, não acompanhei muita coisa da reprise, mas recebi um monte de ligação dos meus amigos brincando, dizendo como eu estava novo e totalmente diferente naquela época. Faz sentindo, eu tinha 30 anos e hoje tenho 50 (risos).
 
 
OF: O rótulo de galã ainda o acompanha. Como você lida com isso?
 
MP: Nunca levei e nem levarei isso a sério. É claro que os elogios massageiam meu ego, mas não direciono minha carreira para esse lado.





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