Crise na Venezuela divide países da América Latina
A crise venezuelana gerou diferentes reações na América Latina, com Bolívia, Equador, Argentina e Cuba, encerrando fileiras com Nicolás Maduro; outros, como Brasil e Uruguai, pedindo respeito pelas liberdades; e Colômbia, Chile e Panamá irritando Caracas.
Em duras declarações, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou na quarta-feira a "inaceitável" violência durante as manifestações e pediu ao governo que liberte os detidos. Pouco antes, o governo Maduro havia expulsado três diplomatas americanos de Caracas.
Entre os aliados, a Argentina manifestou seu "firme apoio" ao governo de Maduro. Em nota, a Chancelaria argentina denunciou "as evidentes tentativas de desestabilização". Também convocou os países da região a reafirmarem uma "solidariedade ativa e de defesa comum" frente a "grupos" que buscam, segundo a Argentina, "impor seus interesses setoriais e suplantar governos legítimos surgidos da vontade popular".
O presidente nicaraguense, Daniel Ortega, acusou setores extremistas dos Estados Unidos de estarem "conspirando" para tentar "derrubar" o governo de Maduro e desestabilizar a região.
Na mesma linha, o boliviano Evo Morales classificou os protestos de "aventura golpista", com as mãos dos Estados Unidos por trás. Já o equatoriano Rafael Correa acusou a "direita fascista" de cometer os distúrbios.
Cuba condenou o que considerou "tentativas em desenvolvimento de um golpe de Estado" e expressou seu "pleno apoio" a Maduro.
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