Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Polícia
Terça - 18 de Fevereiro de 2014 às 16:50
Por: acadêmicos do curso de administração da Anhanguera

    Imprimir


A Polícia Civil indiciou 10 pessoas pela fuga em massa ocorrida no dia 20 de agosto de 2012, após a explosão de parte do muro da Penitenciária Central do Estado.

Na ocasião, fugiram 35 detentos, incluindo integrantes da quadrilha de assalto a banco na modalidade “Novo Cangaço”.

Segundo o delegado Gianmarco Paccola Capoani, o plano foi arquitetado ao longo de oito meses por presos recolhidos no Raio 3 e custou cerca de R$ 500 mil, conforme relatos de um dos presos.

A investigação comprovou que a ação foi financiada por Lindomar Alves de Almeida, 33, conhecido por “Nenezão”, considerado um dos maiores assaltantes de banco do país, que está recolhido em uma penitenciária de segurança máxima, no Estado da Bahia, desde novembro de 2012.

As investigações apontam ainda que Nenezão planejou libertar membros da quadrilha do “Novo Cangaço”, presos na PCE desde o ano de 2010, quando a Polícia Civil desarticulou, durante a Operação “Lacraia”, uma das quadrilhas mais atuantes no Estado, liderada por Sílvio César Araújo, o “Cabelo de Bruxa”.

Lindomar foi visto em frente à residência usada para a reunião, nas vésperas do atentado. Ele estava num carro Sonata preto, quando foi preso em novembro de 2012, no município de Feira de Santana, na Bahia.

“O que fortalece ainda mais os indícios de que efetivamente ele foi o mentor e patrocinador do principal atentado”, disse o delegado.

De dentro do presídio, a fuga foi executada pelos detentos Sérgio Nunes da Silva, o “Lacraia”, Cecliênio Lourenço de Araújo, o “Timpa”, e, principalmente, Sílvio César Araújo, o “Cabelo de Bruxa”, com apoio do lado de fora dos criminosos Lindomar Alves de Almeida, Pedro Antônio dos Santos, Sinval Machado Xavier e Junior Farias de Almeida.

Conforme apurado, os quatro (Pedro, Sinval, Júnior e Lindomar) estiveram presentes na reunião preparatória que antecedeu a explosão, em uma residência no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá.

Um dos reeducandos interrogados na investigação afirmou que a “fuga estava sendo patrocinada por um ‘cara de Goiás’”, Estado onde o criminoso Lindomar possui propriedades e residência.

O delegado Pacolla acrescentou que as investigações foram divididas em quatro fases, sendo que 11 pessoas foram indiciadas e três delas tiveram mandados de prisão preventiva. 

Lindomar – que está preso na Bahia - e Sergio Nunes – em Tapurah - tiveram pedido de prisão preventiva representado no final da investigação.

Dos três, apenas Sílvio Alves de Almeida (Cabelo de Bruxa) está foragido. Dos fugitivos, 25 foram recapturados e seis morreram em confrontos com policiais após a fuga e quatro estão foragidos.

25 quilos de dinamite

Conforme o inquérito, para detonar o muro, a quadrilha usou 25 quilos de dinamite, comprados no Paraguai, suficientes para destruir a parte lateral. 

Conseguiram escapar os presos que serraram a grande da cela 10, do Raio 3, e aguardaram no corredor do presídio. Eles escalaram o alambrado e ganharam a rua.

Os 35 detentos fugiram com o apoio de pelo menos 15 carros e três motocicletas.

Na fuga, atiraram contra uma viatura que seguia atrás na tentativa de evitar que escapassem.

A fuga foi articulada em três frentes - uma responsável por adquirir carros e as placas clonadas, outra com a incumbência de conseguir equipe de “apoio” do lado de fora e a terceira, que chegou com o armamento pesado.

Presos ouvidos pelo delegado confirmaram que “quem comandava a fuga era os presos ‘Cabelo de Bruxa’ e ‘Lacraia’ e inclusive a hora do fato foi marcada pelo ‘Cabelo de Bruxa’ e a ordem para os presos se acomodarem no corredor do presídio foi dada pelo ‘Cabelo de Bruxa’ e ‘Lacraia’”.






Fonte: Midia News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/93172/visualizar/