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Maior município do interior mato-grossense vai terminar 2013 com uma taxa de homicídios que é o dobro da brasileira, já considerada elevada
Rondonópolis vive violência sem precedente
Maior cidade do interior de Mato Grosso, Rondonópolis está vivendo uma onda de violência sem precedentes nos últimos anos. Enquanto em 2011, houve 64 assassinatos, o que dá uma média de 5,33 por mês, de janeiro a novembro deste ano já foram 99, o que dá uma média mensal de nove homicídios por mês. O aumento em relação a 2011 é de 68%. Em 2012, foram 96 mortes, conforme dados da Polícia Civil.
A julgar pelos números até novembro, a taxa de homicídios em Rondonópolis terminará 2013 em alarmantes 51 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. O dobro da taxa brasileira em 2012, que foi de 26,3 por 100 mil, número já considerado muito elevado.
Presidente do Conselho Municipal de Segurança da cidade, o defensor público Valdemir Pereira reconhece que a população está alarmada com a incidência de violência, inclusive em relação a outros tipos de crimes como furto e roubo, que até novembro deste ano foram registrados 2.873 casos na cidade. No mesmo período, ocorreram ainda três latrocínios, 88 tentativas de homicídios e 252 casos de tráfico ou uso de entorpecentes, além de outros crimes como lesão corporal e estupro.
Pereira lembra que desde julho deste ano a diretoria da associação comercial tem mantido reuniões com representantes da área de segurança pública do Estado para discutir ações que reduzam ou amenizem o problema na cidade.
“A população está assustada e espera uma reação, um choque por parte do sistema de segurança, como, por exemplo, a intensificar o número de blitzes”, comentou.
Ao citar que cerca de 60 policiais militares que faziam a segurança no presídio Mata Grande estarão fazendo policiamento ostensivo nas ruas, Valdemir Pereira também considera imprescindível outras medidas para o controle da criminalidade.
Entre elas, cita a reativação das 30 câmeras de videomonitoramento instaladas pelas vias públicas do município, mas que não estão funcionando. “São ferramentas essenciais para a segurança pública porque ajudam a inibir a ação criminosa e as investigações feitas pela polícia”, destacou.
Outra ferramenta importante, conforme Pereira, é o uso das tornozeleiras eletrônicas pelos detentos que cumprem penas em regime semi-aberto, além do fortalecimento do Gabinete de Apoio à Segurança Pública.
Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Rondonópolis, o major Fernando Augustinho afirma que a instituição tem intensificado e realizado operações, barreiras e blitzes por toda a cidade. “A população tem visto que os policiais estão nas ruas”, afirmou.
O resultado, segundo ele, tem sido a prisão em flagrante de autores dos crimes.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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