Santos tem recurso negado para ver contratos de caso Neymar
O Tribunal de Justiça do Estado de Sâo Paulo negou nesta sexta-feira o recurso do Santos para o acesso aos contratos entre as empresas do pai de Neymar com o Barcelona. A decisão foi divulgada no site oficial do jogador e cita que o TJ-SP reconheceu a "ausência de fundamento jurídico" para a apresentação dos contratos. A decisão foi assinada pelo desembargador José Luis Mônaco da Silva.
"Lembro que a decisão que converte o agravo de instrumento em agravo retido é irrecorrível pela força da lei", relatou Mônaco.
Esta é a segunda derrota do clube na tentativa da abertura dos documentos que envolveram a negociação do atacante em junho do último ano ao clube espanhol. Na quinta, o juiz Gustavo Louzada indeferiu o pedido santistas alegando que os contratos são exclusivos entre a empresa do pai do atleta e o Barcelona.
O Santos apresentou na última reunião do Conselho Deliberativo uma espécie de dossiê que desmente o pai de Neymar, Neymar da Silva Santos, e o presidente licenciado do clube, Luis Álvaro RIbeiro, de suas versões sobre a venda do jogador ao Barcelona, da Espanha, em junho do último ano. O material foi divulgado em reunião extraordinária, marcada para amenizar a pressão entorno da negociação, investigada desde o início de janeiro.
No encontro, o advogado que representa o clube, Cristiano Caús, ainda explicou que o clube já acionou dois escritórios de advocacia na Espanha para apurar se foi prejudicado na negociação. O clube escolherá um dos escritórios, que acompanhará as investigações da justiça espanhola envolvendo o caso e admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de recorrer à Fifa para receber mais do que o montante inicial da negociação.
Na Espanha, o Ministério Público investiga uma denúncia de um sócio do clube espanhol, Jordi Cases, sobre a negociação. Cases entrou com uma ação alegando que os valores da negociação superavam os 57 milhões de euros (cerca de R$ 188,9 milhões) anunciados oficialmente. A justiça abriu uma ação judicial contra o então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, que renunciou do cargo devido as investigações. O jornal espanhol El Mundo divulgou que o valor total chegaria a 95 milhões de euros (R$ 314,8 milhões).
O Santos garante que ter recebido apenas 17,1 milhões de euros (R$ 54 milhões à época) pelo atleta. Do montante, só teve direito a 55%, 9,4 milhões de euros (R$ 29,7 milhões), já que o Grupo DIS recebeu 40% da transação, enquanto a Teisa, grupo formado por conselheiros influentes do clube, 5%. O clube ainda acertou por 8 milhões de euros (R$ 24 milhões) a preferência aos catalães na compra três promessas das categorias de base, além dos amistosos acordados.
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