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Política
Quinta - 13 de Fevereiro de 2014 às 16:53
Por: acadêmicos do curso de administração da Anhanguera

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O destacamento do Exército na localidade de Corixa, em Cáceres, no Oeste de Mato Grosso, será desativado pelo 2º Batalhão de Fronteira (Befron), considerado um dos As articulações em torno das candidaturas a governador ainda estão nos corredores e gabinetes dos poderes Executivo e Legislativo de Mato Grosso. Mas, antes da definição dos postulantes a chefes do governo estadual, o eleitorado vai mostrando suas preferências em pesquisas e nos ‘bate-papos’ sobre política.

Na região Norte de Mato Grosso, por exemplo, o senador Blairo Maggi (PR) é o preferido quando o assunto é candidatura ao governo. Recentes pesquisas eleitorais de institutos do interior e da capital mostram que a maioria dos moradores da região quer a volta de Maggi ao Palácio Paiaguás.

Em Sinop – maior eleitorado do Nortão -, por exemplo, os levantamentos de campo feitos no final de 2013 revelam que cerca de 30 a 40% dos entrevistados votariam em Blairo caso ele fosse candidato. Já no senador Pedro Taques (PDT), o índice gira na casa de 10 a 15%. Outros nomes, como Chico Daltro (PSD), Maurício Tonhá (PR), Wellington Fagundes (PR) e Eraí Maggi (PTB), são praticamente descartados pelos sinopenses, com índices ínfimos em pesquisas.

“Se Blairo for candidato não vai ter para ninguém, vai ganhar estourado”, diz Sílvio César, morador do Jardim Botânico, em Sinop.

Em Sorriso (410 km de Cuiabá), parece que o nome do ex-governador também é o preferido, já que pesquisas indicaram Maggi com mais de 40% das intenções de votos. “Ele tem o perfil que o produtor rural quer no comando do Estado”, disse um agricultor, lembrando que Blairo já foi titulado “Rei da Soja”.

Em Lucas do Rio Verde (350 km da capital), onde o prefeito é o ex-deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), do mesmo partido de Taques, a preferência dos moradores se divide entre os dois senadores, mas também com maioria para o republicano. 

Nas cidades menores da região Norte, o nome de Maggi também está muito falado. Ao que parece, a região sente saudades da época que ele comandou o Estado, principalmente pelos investimentos em pavimentação de rodovias estaduais e na manutenção das vias não asfaltadas. “Tinha uma patrulha mecanizada que vinha arrumar as estradas de tempos em tempos e isso era muito bom”, comenta o agricultor Edvaldo Lucena, que lamenta as péssimas condições das estradas atualmente.

Outro sintoma que aponta a preferência do Nortão por Blairo surge em União do Sul (660 km da capital – região de Sinop). Os moradores daquela cidade já sonham com a única rodovia de acesso totalmente asfaltada, principalmente depois que Eraí Maggi comprou uma fazenda por aquelas bandas. “O que se ouve falar por aqui é que, com os Maggi, o asfalto poderá sair do papel”, comenta uma fonte, lembrando que Blairo tinha fama de “fazedor de estradas”.

Mas Blairo está “na moita” e afirma não ser candidato ao governo. Nesta terça-feira, em Lucas do Rio Verde, quando acompanhava a comitiva da presidente Dilma, ele não quis falar sobre candidatura ao governo quando foi perguntado por jornalistas.mais importantes no tocante a proteção da região Oeste. A desativação já tem até mesmo data marcada: 28 de março. Hoje, esses postos militares atuam na segurança da fronteira Brasil/Bolívia com efetivo de 15 militares em cada posto. Além de Corixa, serão também desativos os postos de Palmarito, que fica a quatro quilômetros da Bolívia; e ainda Santa Rita e São Simão.

No Estado serão mantidos apenas três destacamentos: os de Casalvasco, Fortuna e Guaporé. Eles ficam nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Porto Esperidião e Comodoro. Esses postos serão reestruturados fisicamente e passarão a contar com 60 militares. Eles serão transformados em Pelotões Especiais de Fronteira.

As leis complementares 97, 117 1 136, de 1999 e de 2004, regulam o emprego das Forças Armadas. A 117, especificamente, autoriza que o Exército exerça o papel de polícia em áreas de fronteira.

A notícia do fechamento do destacamento de Corixa, em Cáceres, preocupa as autoridades locais e foi um dos temas da reunião realizada na no gabinete do prefeito Francis Maris. A reunião contou com a presença de representantes da PRF, Câmara de Vereadores, Rotary Clube, seguradoras,Federação da Agricultura(Famato), Sindicato Rural de Cáceres e de São José dos Quatro Marcos, Exército, Polícia Federal e Cruz Vermelha.

O prefeito Francis Maris afirmou que vai buscar, junto aos ministérios competentes, uma forma do destacamento da Corixa também se transformar em Pelotão Especial. "Tentaremos o que for possível" – disse.

Hoje, a extensão da BR-070 que dá acesso à Bolívia por Cáceres, é a única rodovia asfaltada e uma das mais utilizadas. O trecho está sem a presença de nenhuma força policial, a não ser a do Exército na Corixa. O trecho é considerado o "corredor" para os crimes transfronteiriços, especialmente a passagem de veículos roubados/furtados, o descaminho e a entrada da cocaína. Também faz parte da rota de atuação do PCC-Primeiro Comando da Capital, facção que teve origem em São Paulo e hoje atua dentro de presídios e cadeias em todo o país.

Ainda na BR-070 foi retirado o grupamento do Grupo Especial de Fronteira. Hoje, o Gefron e a Polícia Militar se revezam em outros três pontos: os postos do Indea na Corixa, na Corixinha e Avião Caído. Ainda assim, com a função específica de dar segurança aos agentes do Indea, nas ações relativas a defesa fitossanitária. Nos três postos, os policiais que atuam recebem diárias pagas pelo Indea, mas também exercem o papel de polícia e realizam várias apreensões de drogas e recuperação de carros roubados.

A região que fica na extensão dos 150 km de fronteira seca abrange 22 municípios e milhares de propriedades rurais. Só em São José dos Quatro Marcos, são mais de 3 mil, e mais de 4 mil em Cáceres, segundo dados dos respectivos sindicatos rurais. E está praticamente desguarnecida de segurança. Órgãos como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão com falta de efetivo suficiente para atender a demanda. Nas rodovias federais da região, a 070 e a 174, o tráfego diário é de 3 mil veículos.

Do final de 2013 para cá, começou de novo uma ação criminosa que foi intensa anos atrás nas propriedade rurais da região: o assalto para roubar máquinas agrícolas, especialmente tratores. As quadrilhas invadem as fazendas já perguntando:"onde estão os traçados". A porta de saída dos tratores é por Pontes e Lacerda,pela MT 265, através das localidades conhecidas como Baia Velha e Avião Caído. A situação é tão grave que as seguradoras tem restrições e muitas já não fazem seguro de tratores e máquinas agrícolas. As que fazem, aumentaram -e muito- o valor do seguro.

Hoje o Gefron, uma polícia criada para atuar especificamente na fronteira, tem postos fixos apenas em Vila Cardoso(Porto Esperidião) e Matão (Pontes e Lacerda).






Fonte: Olhar Direto

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