Deputado quer suspensão de pedágio na MT-130 até recuperação do local
O líder do Governo na Assembleia, deputado Jota Barreto (PR), organiza movimento para suspender a cobrança de pedágio na MT-130 até que haja a recuperação da via. A estrada que liga Rondonópolis a Primavera do Leste está em situação precária apesar dos motoristas serem obrigados a pagar diariamente tarifa de R$ 13 para trafegar no local. A empresa responsável pela qualidade do asfalto, Morro da Mesa que, tem como um dos sócios o deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), explora o serviço desde 2012, mas não cumpre com as suas obrigações de restaurar a pista.
Deputados de oposição e situação como Barreto e Zeca Viana (PDT) têm encabeçado as reclamações quanto a qualidade da pavimentação. “Aquela é a pior rodovia pedagiada do planeta”, protesta Viana. Barreto aproveita a discussão na Assembleia sobre a criação de novos pontos de pedágio em Mato Grosso para pedir o endurecimento das regras de concessão das estradas e da cobrança governamental. “As concessionárias têm que ser proibidas de recolher a taxa antes de realizar pelo menos 20% das obras previstas no contrato. Só quando atingisse o percentual ela deveria começar a cobrar”, avalia Barreto.
O governista também propôs projeto de lei criando a tarifa social. Ele não é a favor da isenção, mas da fixação de um valor menor para os pequenos produtores, moradores e estudantes da localidade. “Sou a favor do pedágio, mas que seja coerente, porque há relatos de agricultores que produzem e vendem R$ 50 de leite por dia e deixa quase a metade dessa renda no pedágio”, conta.
Por causa das irregularidades na MT-130, a Morro da Mesa foi multada pelo Procon em R$ 3,3 milhões. Além dos buracos, a empresa é acusada de fazer cobrança ilegal de motocicletas e motomotores, isentos por lei, e criticada por cobrar tarifa excessiva. Se somados os dois pontos de pedágio, o valor cobrado chega a R$ 13 por 122 km. “O valor cobrado é um absurdo! Nas estradas federais se cobra R$ 3 ou R$ 4 a cada 100 km”, frisa Barreto.
Comentários