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Sexta - 07 de Fevereiro de 2014 às 08:23

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O governo federal trabalha para acelerar os vistos emitidos para cidadãos haitianos e evitar a entrada irregular de cidadãos daquele país pela fronteira do Estado do Acre. O visto, que atualmente sai em um mês na Embaixada em Porto Príncipe, deve ter prazo ainda mais reduzido.

“O haitiano que vem com visto, virá com uma passagem aérea e sem usar o coiote, sem usar uma exploração e sem estar sujeito a um drama humano. Sem ter de atravessar a fronteira de maneira precária e criar dificuldades logísticas no Estado do Acre”, explicou o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Para nós é importante coordenar o fluxo, conceder o visto, para que os haitianos possam entrar pelos meios de entrada normal”, acrescentou.Segundo Figueiredo, o fluxo de imigrantes tem aumentado no Brasil por causa das baixas taxas de desemprego e o acolhimento será um desafio para o Itamaraty. “Já há contatos importantes entre Itamaraty, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento Social e todos aqueles órgãos que têm a ver com o acolhimento de imigrantes, exatamente porque a demanda subiu. Há necessidade de nos aparelharmos cada vez mais. É um desafio que tem de ser enfrentado e está sendo, mas queremos sempre enfrentar isso”, disse o ministro.

Deixando claro que não falaria especificamente sobre a médica cubana que pediu refúgio no País, Figueiredo disse que o Brasil tem tradição de acolhimento e tem deixado suas fronteiras abertas para haitianos, após o terremoto de 2010 que deixou mais de 300 mil mortos.

“O Brasil tem uma tradição de acolhimento. Vários haitianos que entram, entram em busca de um refúgio. Eles entram, pedem um refúgio e a eles é dado o direito de entrar no Brasil, trabalhar no Brasil, enquanto seu processo é analisado pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiados, órgão do Ministério da Justiça). (...) Não são poucos casos. São casos de todos aqueles que entram no Brasil com o objetivo de encontrar uma vida melhor e que o Conare tem de analisar”, disse.

Aos senadores, o ministro afirmou que o Brasil está em processo da redução do efetivo de militares no Haiti, de acordo com uma decisão tomada junto às Nações Unidas. Segundo ele, há cerca de 1.430 soldados e 10 policiais no país. “Estamos em processo de redução de efetivo no Haiti, sempre muito afinados com esta avaliação periódica que a ONU faz e com o desejo do povo haitiano”, disse.






Fonte: Terra

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