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Nacional
Terça - 10 de Setembro de 2013 às 02:31

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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio começou nesta segunda-feira (9) uma auditoria para investigar supostas fraudes em procedimentos feitos em hospitais, e pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São cerca de 3 mil Autorizações para Internação Hospitalar (AIH) sob suspeita. A AIH é o documento usado para cobrar os gastos com um paciente internado pelo SUS. Dentre elas, há, por exemplo, documentos que tratam da remoção de um útero em um homem, e da retirada de próstata em uma mulher, como mostrou o Fantástico de domingo (8).

Em todo o país, há mais de 20 mil fichas hospitalares suspeitas de fraudes e erros grosseiros. Só no estado do Rio, há 2.969 Autorizações para Internação Hospitalar (AIH) com suspeita de fraude. Assim que a pessoa recebe alta, a AIH é encaminhada para o SUS. O Sistema Único de Saúde libera o pagamento composto por verbas federais, estaduais e municipais para os hospitais. Os resultados devem ser divulgados em um mês.

Caso incrível
O paciente Jorge Cordeiro Moura deu entrada na Fundação Municipal de Saúde de Niterói no dia 12 de março de 2009. Segundo o documento, ele é do sexo masculino morreu no mesmo dia em que deu entrada na unidade de saúde.

No entanto, quase dois anos depois há outra ficha em nome de Jorge. Desta vez, na Casa de Saúde Vila Paraíso, em São Gonçalo. O nome do paciente e a data de nascimento são iguais, mas, de acordo o novo registro, o sexo é feminino. O procedimento realizado é uma histerectomia, que só deve ser feito em mulheres por se tratar da retirada do útero. O documento mostra ainda que Jorge teve alta no dia seguinte à internação.

Em dezembro de 2011, uma senhora foi internada num hospital público da Penha com broncopneumonia. Dois dias depois, ela morreu de insuficiência respiratória aguda. Tudo foi registrado numa autorização de internação hospitalar, mas, numa outra autorização, falsificada, a paciente estava internada no mesmo hospital, no mesmo dia, com uma fratura no calcanhar.

Já em São Gonçalo, há registro de uma mulher que retirou a próstata - um órgão masculino. Crenilda tinha ido até à Casa de Saúde Santa Maria para operar a vesícula. A instituição criou uma segunda AIH com os dados da paciente e mudou apenas o sexo no registro e cobrou do SUS o procedimento que só pode ser feito em homens.





Fonte: Do G1

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