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Política
Terça - 10 de Setembro de 2013 às 14:16

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“O Brasil tem que pensar muito rapidamente na região da Amazônia em termos de potássio. Temos viabilidade técnica e econômica para a extração de silvinita e produção desse mineral e a logística é maravilhosa. Falta fazer”, afirmou o senador Blairo Maggi durante Audiência Pública na Comissão de Meio Ambiente Controle e Defesa do Consumidor (CMA) do Senado Federal, que discutiu nesta terça-feira (10.09), a exploração de minérios do Amazonas que detém grandes reservas de silvinita, de onde vem o potássio - mineral considerado essencial para a produção agrícola.

A audiência foi uma solicitação da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B/AM), que sugeriu a formação de uma Frente Parlamentar pela autossuficiência de potássio no Brasil, tendo o senador Blairo Maggi como coordenador. “A exploração de silvinita e produção de potássio é a chance de desenvolvimento econômico e de distribuição de renda para algumas regiões da Amazônia. É uma luta dos estados produtores de alimentos, uma luta do Brasil. Somos o 3° consumidor desse mineral, ficando atrás da China e dos Estados Unidos”, destacou Grazziotin.

Segundo o diretor de geologia e recursos minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Roberto Ventura Santos, o Brasil importa hoje 92% do potássio consumido e se nada for feito, em 2019 estará importando 100%. “Temos grande produção de alimento e pouco potássio. No entanto, somos detentores da 3ª maior reserva do Planeta. Uma área que abrange 14 municípios nos estados do Amazonas e Pará, na confluência dos rios amazonas e madeira, mas que ainda não foi explorada”, disse.

Ao final da audiência Blairo Maggi chamou a atenção para o fato de que uma vez essas jazidas comecem a ser exploradas e o Brasil se torne autossuficiente em potássio para a produção de fertilizantes agrícolas, ganhará competitividade frente ao mercado internacional de alimentos.
“Precisamos convencer o ministro Lobão (Minas e Energia), que não estamos falando apenas da exploração de um poço de potássio, mas sim, de todos os benefícios que essa autossuficiência trará para o setor de produção de alimentos e para a população. Sempre digo que o setor primário é o mais importante, não porque ele veio primeiro, mas porque a humanidade precisa de alimentos para sobreviver”, defendeu.

O senador alertou ainda de que o custo do frete para o escoamento da produção de potássio na região amazônica será muito barato, pois usará os corredores aquaviários e as cargas de retorno das carretas que descarregam principalmente no estado do Pará. “Seriam aproveitadas, por exemplo, as carretas que estarão descarregando em Miritituba e em Santarém, nas viagens de retorno pela BR-163 para o Centro-Oeste brasileiro. Essa conta é muito importante para o sucesso da exploração dessas jazidas, por isso, em uma próxima audiência gostaria que nos prendêssemos essencialmente ao custo de transporte e logística”, finalizou Maggi.

Participaram da audiência o superintendente adjunto do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), João Frederico Guimarães Cruz; o diretor de Geologia e Recursos Minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Roberto Ventura Santos; o secretário de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos do estado do Amazonas, Daniel Borges Nava e o deputado estadual Sinésio Campos; os prefeitos de Autazes, Raimundo Sampaio, e de Novas Olinda do Norte, Josias Lopes, além de Eugênio Pio, do Ibama, e Anderson Bitencourt, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS).
 





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