Movimento contra pedágio aponta caos em estradas de MT Grupo percorreu 102 km de rodovia já concedida e afirma que não houve melhorias
Um grupo formado por ativistas ligados ao Movimento Pedágio Não (MPN), que luta contra a concessão da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), percorreu no último fim de semana a MT-130, que liga Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) a Primavera do Leste (231 km ao Sul da Capital) e foi entregue à iniciativa privada em outubro de 2012.
Segundo um dos integrantes, o ex-vice prefeito de Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte da Capital), Elias Santos, o objetivo era avaliar in loco, um trecho de aproximadamente 102 quilômetros, se a concessão foi positiva à população ou não.
A escolha da MT-130, também conforme o MPN, se deve a distância de um município ao outro, que para o grupo é curta assim como os 67 km que ligam Cuiabá a Chapada dos Guimarães e onde está previsto três praças de pedágio.
“Também pela curta distância esperávamos encontrar outra realidade, mas não. Mesmos com apenas 102 km nos deparamos com uma rodovia sem melhoria alguma, com buracos em alguns trechos e com uma operação tapa-buraco que só serve de maneira paliativa em outros trechos. A estrada também não tem acostamento em nenhum trecho”, relatou Santos.
Para o grupo, também formado pelos vereadores de Chapada, Kanhana (PT) e Cidu (PP), não há justificativa para a concessão de serviços, se não houver melhorias.
“Por isso, somos contra o pedágio na MT-251, porque temos certeza absoluta de que não trará benefícios e só encarecerá para a população, que já paga caro com impostos. Gastamos R$ 26 para ir e voltar da MT-130, porém um caminhoneiro chega a gastar R$ 200 para ir e voltar no trecho. É um absurdo”, afirmou Elias Santos.
Atualmente, na rodovia a tarifa base é de R$ 6,50, valor cobrado por eixo do veículo.
Outro lado
A empresa que administra a MT-130 é a Morro da Mesa Concessionária.
Por meio de sua assessoria, a empresa informou que, contratualmente, tem três anos para executar melhorias na rodovia e que os trabalhos têm sido feitos.
Além da operação tapa-buracos, passado o período de chuvas, começarão as obras para acostamento e terceira faixa.
No caso da terceira faixa, o Morro da Mesa informou que não será ao longo de toda a via, mas sim em curvas ou trechos mais perigosos.
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