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Polícia
Terça - 10 de Setembro de 2013 às 16:57

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O policial militar Alexandre José Dall’ Acqua, acusado pelo Ministério Público do Estado de ter assassinado o pedreiro Tiago Maurício Rodrigues dos Santos a murros e pontapés, em 2008, no município de Sinop, foi promovido a capitão da corporação.
 

A informação da promoção é do próprio Dall’ Acqua à imprensa de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), onde ele trabalha desde 2009, no 13º Batalhão de Polícia Militar. A publicação no Diário Oficial do Estado deve ocorrer nos próximos dias.
 

É a segunda promoção que o policial recebe depois de supostamente ter participado da ação que resultou na morte do pedreiro. Em 2011, Dall’ Acqua foi promovido de 2º tenente para o cargo de 1º tenente pelo critério de antiguidade e, agora, a capitão.
 

A legislação em Mato Grosso não proíbe que um policial investigado por suposto assassinato seja promovido. No entanto, caso haja condenação criminal, o servidor público poderá responder processo administrativo e até ser expulso da corporação, perdendo as benesses de concursado do Estado.
 

A acusação:
 

Dall’ Acqua, junto com os policiais militares Evanildo da Silva Moreira Lopes e Elton de Siqueira Campos, são acusados e processados criminalmente por supostamente terem assassinado Tiago, em 27 de julho de 2008. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de tortura, com emprego de violência ou grave ameaça, causando sofrimento físico à vítima com o fim de obter informação, declaração ou confissão, resultando em morte.


No dia 16 de julho de 2013, Alexandre e os outros dois policiais foram ouvidos pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, titular da Primeira vara Criminal de Sinop, em audiência de instrução sobre o caso. A magistrada converteu os debates em memoriais, os quais deverão ser apresentados no prazo legal. O Ministério Público pediu vista.


O MP aponta que Tiago morreu depois de ser espancado em uma sala na delegacia para onde foi encaminhado junto com um irmão. Eles eram acusados de estar em um carro, de onde supostamente teriam sido feitos disparos contra um soldado, que estava à paisana.


Os advogados que defendem Dall’ Acqua e Elton requereram a absolvição sumária dos acusados, argumentando que o crime objeto da denúncia fora praticado isolada e inesperadamente pelo acusado Evanildo da Silva Moreira Lopes, “inclusive traindo as suas confianças, vez que eram os policiais encarregados pela diligência”, aduz a defesa. Já Evanildo alegou discordância da denúncia, por não ter praticado os crimes descritos na inicial. O pedido de absolvição não foi acatado.






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