Médicos param por falta de salário e cirurgias são suspensas Anestesistas só devem atender casos de urgência e emergência
Parte da equipe de anestesistas do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) parou de realizar cirurgias eletivas desde o dia 27 de janeiro, por falta de contrato com o Município e por 85 dias sem pagamento dos salários.
Dos 20 médicos da especialidade, oito são concursados e os demais integram a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado (Coopanest).
A entidade assinou contrato de um ano com o município e e que terminou em 5 de novembro de 2013.
Contudo, apesar de a Prefeitura ter sido avisada desde julho sobre a necessidade de se fazer uma nova licitação, nenhuma medida foi tomada.
A cooperativa tinha interesse em manter a parceria com o Município e novos prazos foram negociados para que as pendências fossem sanadas. Contudo, segundo a entidade, a Prefeitura não cumpriu o acordo.
Desde o dia 27 de janeiro, os médicos reduziram em três vezes a capacidade de atendimento.
Sem anestesista, não há cirurgias. Em média, o Pronto-Socorro de Cuiabá realiza de 20 a 25 cirurgias diárias e, agora, reduziu para oito por dia.
“Por uma questão de ética médica, vamos continuar atendendo caso de urgência e emergência com os politraumatizados e as vítimas da violência. Mas, a fila das cirurgias dos casos de ortopedia, fraturas, não vão ser priorizadas”, informou João Marcos Rondon, presidente da cooperativa.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados normalmente.
O órgão diz que foram suspensos apenas os procedimentos anestésicos nos casos de cirurgias eletivas.
“Todas as medidas legais e administrativas necessárias estão sendo tomadas para a resolução da situação junto à Coopanest-MT o mais rápido possível”, completa a nota.
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