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Cidades
Terça - 10 de Setembro de 2013 às 20:19

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A Farmácia de Alto Custo recebeu cerca de 20% dos medicamentos que estavam em falta no estoque, que em julho estava no patamar de 51%. Da lista de 197 medicamentos, 100 estavam em falta. O diretor da Farmácia, Sílvio Machado, informou que atualmente, o estoque já opera com 70% de medicamentos, sendo que faltam apenas 30%. A Secretaria de Saúde realizou aquisição de medicamentos, com dispensa de licitação, para cumprir medidas judiciais e atualizar o estoque da Farmácia.

Em maio eclodiu denúncia de medicamentos vencidos no estoque da Farmácia, que resultou em uma auditoria pela Auditoria Geral do Estado (AGE), que apontou prejuízo ao erário de mais de R$3 milhões, desde 2012. Após os dados apresentados pela AGE, o governador Silval Barbosa (PMDB), determinou intervenção na unidade que é gerenciada pela Organização Social de Saúde (OSS), Instituto Pernambucano (Ipas). O resultado da intervenção deve subsidiar a decisão do governador em romper o contrato com a OSS, assumir ou terceirizar a unidade.

O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, à época do escândalo dos medicamentos vencidos, esclareceu que o governo do Estado disponibiliza mais remédios do que determina o Ministério da Saúde, que encaminha cerca de 90 medicamentos de alto custo para a unidade. Os outros mais de 100 medicamentos que compõe a lista seriam aquisições próprias do governo.

Conforme o diretor da unidade, Silvio Machado, as compras são feitas pela Secretaria de Saúde, e que não possui controle sobre os medicamentos que devem chegar a unidade, mas explicou que atualmente, a farmácia já está com 70% do estoque.

Em entrevista anterior ao Gazeta Digital, o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues afirmou que estava empenhando R$10 milhões para a compra de medicamentos, e ressaltou que a licitação de medicamentos em Mato Grosso, alcança o valor de R$40 milhões, que são empenhados conforme a necessidade.

Contudo, no Diário Oficial, foi publicada apenas a aquisição de R$3 milhões de medicamentos com dispensa de licitação, já no final de julho, valor que não contemplaria todo o estoque da farmácia, e sendo que parte das aquisições visa contemplar as medidas judiciais, ou seja, valores empenhados de julho pra cá, seriam insuficientes para preencher em 20% o estoque da farmácia.

Empresas que vendem remédios para o Estado têm reclamado constantemente da falta de pagamento, o que estaria atrapalhando a compra por parte do governo, sendo que a lista de pacientes que precisam de medicamentos só aumenta. O secretário de Saúde tem realizado compras diretas, com dispensa de licitação.

Secretaria de Saúde ficou de se posicionar com informações sobre a aquisição de medicamentos para a Farmácia de Alto Custo, mas ainda não repassou os dados para a reportagem.
 





Fonte: A Gazeta

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