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Nacional
Quinta - 30 de Janeiro de 2014 às 00:55

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Pela primeira vez nos últimos cinco anos, o número de pessoas que sobreviveram a um confronto com a PM em São Paulo foi maior do que o total de mortos em ocorrências do tipo. A alta na taxa de sobrevivência ocorreu após a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) restringir o socorro por policiais.

De acordo com dados da SSP divulgados nesta semana, 334 pessoas morreram e 392 ficaram feridas em confronto com policiais militares em serviço no Estado em 2013. Ou seja, 46% dos atingidos por policiais morreram.

Nos quatro anos anteriores, a taxa de mortos entre o total de atingidos pela PM ficou sempre entre 60% e 61%. Em 2012, por exemplo, foram 546 mortos e 364 feridos em confrontos com policiais.

Manifestante está em estado grave após ser baleado por PM durante protesto em São Paulo

Vídeo mostra momento em que PMs atiram em manifestante em São Paulo

Em 7 de janeiro de 2013, a pasta determinou que baleados e feridos em confrontos deveriam ser socorridos por equipes do Samu ou dos Bombeiros, e não mais pelos policiais envolvidos no caso. PMs só deveriam prestar socorro caso autorizados pelo centro de operações da região.

Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva, o resultado mostra que ou a norma tornou mais eficiente o resgate de baleados, ou impediu a ação de policiais predispostos a cometer excessos.

— Era no mínimo incoerente que, em casos de acidente de trânsito, o socorro fosse feito exclusivamente pelo resgate, enquanto, nos casos de baleados, as vítimas fossem socorridas em viaturas, que sequer têm macas. O modelo do resgate é mais eficiente.

Para Silva, a norma foi também um "recado" do secretário Fernando Grella Vieira à tropa:

— Com a resolução, o secretário, que havia acabado de assumir, mostrou que os excessos não seriam tolerados. A norma impediu, por exemplo, a simulação de resgate de uma pessoa já morta em ação indevida para evitar a perícia e dificultar a investigação.






Fonte: Redação do R7

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