Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Nacional
Quinta - 30 de Janeiro de 2014 às 02:01

    Imprimir


Eduardo Suplicy é uma das vítimas mais recentes dos golpes que bandidos estão aplicando pelo telefone. Um homem ligou para o senador se passando pelo sobrinho dele. Ele desconfiou e não deu dinheiro ao criminoso. O golpe chama a atenção para um crime que se repete no país inteiro.

O senador está na Espanha dando palestras sobre seu projeto de renda mínima. No sábado (25), ele recebeu uma ligação no celular de um homem que dizia que era sobrinho dele. O homem acertou o nome do sobrinho. “Falando assim com muita calma, dizendo: ‘Você não está me reconhecendo, tio?’. Falando aparentando estar calmo e sorrindo”, relata.

O homem disse que estava em uma cidade perto de Brasília e que o carro tinha quebrado. Então, pediu dinheiro para pagar o mecânico. “Ele chegou a pedir R$ 1,4 mil pelo conserto do automóvel. Ele queria que eu depositasse mais de R$ 3 mil para pagar pousada e depois ele ligou outra vez dizendo que o conserto tinha ficado em mais do que R$ 1,4 mil. Daí eu comecei a achar que de forma alguma era verdadeira toda a alegação dele”, conta Suplicy.

A secretária de Suplicy conversou com o sobrinho dele e confirmou que se tratava de um golpe. “Ao verificar que não era ele que tinha me ligado, obviamente, não fiz qualquer depósito”, diz o senador.

A repórter do jornal O Globo, Maria Lima, também foi vítima do mesmo bandido. Ela gravou as conversas com o criminoso. Ele conta que faz ligações para o país inteiro: “Uma hora o DDD é 62, outra hora é 11, outra hora eu sou lá do Rio Grande do Norte, eu coloco 085. Então, eu troco. Eu tenho chip do Brasil inteiro, do Amapá ao Rio Grande do Sul, de uma ponta a outra, de Norte ao Sul”.

Golpes pelo telefone são antigos e têm atingido muita gente. A empregada doméstica Márcia Regina Cândido é uma dessas pessoas. Ela deu R$ 3 mil aos bandidos. Ela descobriu que no mesmo dia em que recebeu a falsa ligação, outras mulheres, vizinhas dela, também foram vitimas de golpes parecidos.

Os criminosos falavam que o filho da melhor amiga de Márcia havia atropelado alguém e pediram dinheiro para livrar o rapaz da cadeia. “Falou o nome do menino, Paulo, então para mim não era golpe”, afirma.

O professor em segurança pública, André Zanetic, diz que o maior erro de quem recebe esse tipo de ligação é fornecer informações pessoais. Por isso, é importante evitar dizer nomes, endereço e dados familiares. Alguns golpes sugerem que a pessoa foi premiada, nesses casos entre em contato com a empresa que estaria promovendo o sorteio. Nenhuma promoção vai exigir que você pague para receber o prêmio.

No caso de golpe de sequestro ou do carro quebrado, o ideal é tentar entrar em contato com a suposta vítima e sempre procurar ajuda da polícia. “Uma outra questão fundamental também é que a pessoa não faça nenhum tipo de depósito, seja para a agência bancária, seja compra de cartões telefônicos sem avisar a polícia. É fundamental manter a calma e não sair fazendo depósito antes de checar o que está acontece”, orienta André.






Fonte: DO G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/91559/visualizar/