PT consolida pré-candidatura de Lúdio Presidente estadual diz que confirmação de ex-vereador como postulante ao Paiaguás dependerá de consenso. Convite a juiz federal continua aberto
Até então considerado apenas um “plano B” do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo do Estado, o ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral foi consolidado pela legenda como uma opção de candidato na eleição de outubro.
A medida foi publicada em uma resolução, resultado da primeira reunião do diretório da legenda em Mato Grosso para tratar do pleito deste ano. No documento, a cúpula petista ressalta, todavia, manter o convite ao juiz federal Julier Sebastião da Silva, também cotado para disputar a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).
Segundo o presidente do diretório regional do PT, William Sampaio, não existe priorização quanto ao nome para o qual a sigla deverá “bater o martelo”. “Internamente, as duas possibilidades são trabalhadas. Uma candidatura não está condicionada à outra”.
Sampaio assegura ainda que, caso o juiz federal decida realmente filiar-se ao PT, a escolha entre Lúdio e Julier terá que ser feita por meio de um consenso.
Afirma, no entanto, que não há previsão de quando devem ocorrer novos diálogos entre a legenda e o magistrado. “Não tem reunião marcada, porque temos conversado sem formalidades há algum tempo já”, diz Sampaio.
Os petistas ainda mantiveram o entendimento de concentrar esforços para garantir apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Para isso, a sigla formará no Estado um arco de alianças com partidos da base do governo Silval: PMDB, PSD, PR, PCdoB e PP. Também está na mira dos petistas conquistar apoio do Pros e dos nanicos PRB e PSC.
Lúdio Cabral, que já vinha colocando seu nome à disposição do partido há alguns meses, avalia a resolução como uma consolidação dos diálogos anteriormente feitos.
“A resolução foi aprovada por unanimidade pelos membros do partido, prevendo as duas possibilidades: minha candidatura ao governo e a filiação do juiz Julier Sebastião para a mesma finalidade. A decisão final sobre quem será o candidato também será tomada dessa maneira”, explica o ex-vereador.
Lúdio ainda revela que uma outra resolução foi elaborada. Esta, por sua vez, criou um calendário com todos os passos que serão dados pelos membros do PT até o pleito eleitoral.
Em março, entre os dias 10 e 25, ficou estabelecido como prazo para inscrição de candidaturas a governador. Já em maio, ocorrerá um encontro para definir a posição final do partido, isto é, quais nomes concorrerão a cargos.
O mês de junho, de acordo com o previsto no calendário do Tribunal Superior Eleitoral, é o mês em que serão realizadas as convenções partidárias, onde se confirmam as alianças entre as agremiações.
De acordo com a Lei Complementar n.º 64/1990, conhecida como a Lei de Inelegibilidades, os magistrados interessados em entrar na disputa por cargos públicos na eleição deste ano, são obrigados a deixarem os cargos até seis meses antes da eleição, ou seja, dia 5 de abril.
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