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Segunda - 27 de Janeiro de 2014 às 09:08

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Caramujos africanos se alastram em Lucas do Rio Verde
Caramujos africanos se alastram em Lucas do Rio Verde

Em Lucas do Rio Verde o caramujo africano se espalha cada dia mais rápido e já é rotina em residências de todos os quatro cantos da cidade.. Basta uma chuva para que os bichos apareçam ao anoitecer. O surto preocupa os moradores, que não sabem como exterminar a espécie que já virou praga na maioria dos bairros da cidade.

O Caramujo Africano é um molusco nativo no leste-nordeste da África.  A espécie foi introduzida no Brasil em 1988 visando o cultivo e comercialização do escargot, mas a ação não deu certo e as criações foram despejadas na beira de córregos e rios, devido a rejeição por parte dos brasileiros à iguaria, e a não exportação, por ter a textura muito pouco parecida com o escargot europeu.

O biólogo Luis Moreschi diz que o caramujo trás riscos à saúde da população. “Os caramujos são hospedeiros de vermes e bactérias e são um risco em potencial para os moradores, o problema é conseguir exterminar a espécie de maneira definitiva, visto que eles comem até papel e se reproduzem de um forma impressionante”.

Segundo Moreschi, os caramujos se reproduzem muito rapidamente. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos e, após cinco meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir, são cerca de 1.200 ovos por ano por caramujo. Quando adulto pode medir 15 centímetros de comprimento e pesar 200 gramas.

A melhor forma de se combater a espécie é a catação, com as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos, e depois colocá-los em uma lata, incinerá-los e depois enterrá-los em uma vala de 80 centímetros e cobrir com cal virgem.

Doenças - Existem duas doenças que podem ser transmitidas pelo caramujo africano. Uma delas é chamada de meningite eosinofílica, causada por um verme (Angiostrongylus cantonensis), que passa pelo sistema nervoso central, antes de se alojar nos pulmões. O ciclo da doença envolve moluscos e roedores. O homem pode entrar acidentalmente neste ciclo

No Brasil não há registro de nenhum caso da doença, que já foi verificada em ilhas do Pacífico, no Sudeste Asiático, na Austrália e nos Estados Unidos. A segunda zoonose é a angiostrongilíase abdominal, com casos já registrados no Brasil, mas não transmitidos pelo caramujo africano. A angiostrangilíase abdominal causada pelo parasita Angiostrongylus costaricensis muitas vezes é assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito, por perfuração intestinal e peritonite.






Fonte: Cenário MT

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