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Internacional
Sábado - 25 de Janeiro de 2014 às 18:27

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As delegações do regime sírio e da oposição retomaram na tarde deste sábado (25) o encontro no qual devem tratar das negociações para o fim do conflito de três anos na Síria.

Os representantes iniciaram a reunião, mediada pelo enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Lakhdar Brahimi, nas Nações Unidas, confirmou a porta-voz da ONU, Corinne Momal-Vanian.

Esta deve ser a primeira vez que as duas delegações se dirigirão uma à outra, sempre mediadas por Brahimi.

Nesta manhã, os representantes dos dois lados do conflito participaram de um encontro de 30 minutos com o enviado da ONU, no qual ele por 30 minutos e nenhum dos delegados disse nada, segundo Anas al-Abdah, delegado da oposição, na saída da reunião.

Al-Abdah disse que Brahimi afirmou que os dois primeiros dias das conversas irão se focar nas negociações para levantar os cercos aos civis, incluindo em Homs, no estabelecimento de cessar-fogo locais e no acesso humanitário, mas o centro das negociações deve ser resolver o conflito.

“Ele disse que isso é uma conferência política, baseada em Genebra 1”, disse Al-Abdah, se referindo ao encontro de junho de 2012 que chamou pelo estabelecimento de um governo de transição na Síria.

A equipe de negociadores do regime é dirigida por Bashar al Jaafari, embaixador da Síria na ONU, e não o ministro sírio das Relações Exteriores Walid Mualem, segundo uma fonte próximas às negociações.

Os negociadores da oposição, por sua parte, são liderados por Hadi al Bahra.

Antes da reunião, o governo sírio reiterou sua rejeição à proposta de formar um governo de transição como parte da solução política para o conflito do país.

“Nós temos reservas completas em relação a isso”, disse o ministro da Informação sírio, Omran Zoabi, pouco antes de começar o encontro com a oposição. “A Síria é um Estado com instituições”, afirmou. “Um governo de transição acontece quando o Estado está em desintegração, ou não tem instituições.”

Ja a oposição síria antecipou que vetará a presença do atual presidente Bashar al-Assad e de qualquer pessoa de seu entorno no órgão de governo transitório que pode ser criado nas negociações de paz para a Síria.

"Isso significa que nem Bashar al Assad, nem ninguém de seu círculo próximo estará no órgão de governo transitório porque o vetaremos", assegurou o porta-voz da delegação opositora, Anas Abdeh.

Brahimi, emissário da ONU e da Liga Árabe, artesão das negociações que visam encontrar uma solução para a guerra na Síria - que já matou mais de 130 mil pessoas desde março de 2011 - negou a hipótese de uma das delegações deixaria as negociações mais cedo.

As duas partes se acusam mutuamente de atravancar as negociações - patrocinadas pelos Estados Unidos, aliados da oposição, e pela Rússia, pilar do regime de Damasco - adiadas inúmeras vezes.






Fonte: G1

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