"Raízes da prostituição infantil têm que ser erradicadas" 'Não bastam cartazes, é preciso ir nas raízes', afirma
É uma pequena tragédia. Ela tem 17 anos, é franzina, e teve o segundo filho na noite de quinta-feira (23), um prematurinho. Não sabe onde está o primeiro. Viciada em crack, diz que vai parar para cuidar desse filho. Quando precisava da droga, ia para o Eixo Rodoviário, a via mais movimentada da capital do país, oferecer-se aos motoristas.
A tragédia da prostituição infantil e adolescente tem sempre outras tragédias acompanhando. É a violência dos pais, em geral movida a álcool, e o abandono consequente de casa, em um nível de renda mais baixo; são os estímulos para trocar a infância pela sexualidade precoce, menininhas fantasiadas de mulheres sensuais; é o desespero da miséria, que provoca a cumplicidade de pais.
A reportagem mostra uma campanha nas estradas federais mas, infelizmente, essa tragédia está espalhada, nas ruas, avenidas, praças, calçadões das praias, onde perambulam essas pequenas vítimas de famílias que não existem.
Nas cidades turísticas, contribuem para má fama do país, daí o Ministério do Turismo estar envolvido nisso.
Mas não bastam cartazes; é preciso ir para dentro, nas raízes da prostituição infantil, que é tão ampla que se faz mais uma campanha nacional. E as raízes são evidentes, não precisam ser procuradas, precisam é ser erradicadas para que as crianças do Brasil sejam mais crianças e sejam mais felizes.
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