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Saúde
Sexta - 24 de Janeiro de 2014 às 05:56

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Um adulto carregar quase cinco quilos de arroz na cabeça durante pouco mais de uma hora é difícil. Agora, imagina uma criança de apenas dois anos e sete meses carregar um peso superior a esse todos os dias. Essa era a realidade da pequena Maria Clara, que foi diagnosticada com hidrocefalia aos três meses de vida. Na última semana, a menina foi submetida a uma cirurgia para a implantação de uma válvula para drenar o líquido que se acumulava no crânio dela. O líquido que já foi drenado corresponde a seis quilos.

O primeiro passo, que era a implantação da válvula, foi tão positivo que a cirurgia que estava programada para ser realizada em Curitiba, no Paraná, foi adiada.

De acordo com a assistente social Edite Rocha, que acompanha a família em Cuiabá, o médico paranaense Ralf Stnd, que se prontificou em realizar a cirurgia reparadora na criança, garantiu que o tratamento que foi realizado pelo neurologista Wilson Novaes, é o suficiente, e que, inicialmente, o procedimento seria o mesmo. “Não vai mais ser necessário a viajem para Curitiba, vamos ficar aqui e garantir toda a assistência para a família”. 

Maria Clara e o pai, Claudemir da Silva Dias, vão permanecer na capital durante o período pós-operatório, e terá o acompanhamento de um neurologista, um pediatra e um fisioterapeuta. “Os passos seguintes vão garantir o desenvolvimento completo da Maria Clara”.

Após a drenagem total do líquido e acompanhar como o crânio da criança se ‘fecha’, serão definidos os próximos passos do tratamento, e se ainda houver a necessidade de uma intervenção cirúrgica, o procedimento poderá ser realizado em Cuiabá.

DIAGNÓSTICO

Claudemir e a ex-mulher perceberam que o crânio da menina, ainda bebê, não tinha formato normal, mas não procuraram atendimento. Quando Maria Clara tinha três meses ela foi submetida ao exame do pezinho e constatado pela pediatra que havia uma anomalia. “Ela explicou que a Clara precisava de um atendimento em Cuiabá, mas não conseguimos nada com a Saúde Pública. Fomos atrás de atendimento com a ajuda de vizinhos e familiares”, conta.

Ao chegar em Cuiabá, a hidrocefalia foi confirmada por um médico do Hospital Geral e o profissional, segundo o pai, teria afirmado que, se a menina fosse submetida ao procedimento cirúrgico, morreria. 

Desesperados, os pais voltaram para Alta Floresta e o estado da criança foi se agravando sem tratamento adequado. “Conversei com a minha ex-mulher naquela época e achamos melhor adiar a cirurgia, mas agora ela precisa urgente desse tratamento”, disse.






Fonte: ReporterMT

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