Irmãos instalam câmera em quarto e flagram padrasto abusando de criança
Um flagrante de abuso sexual de uma menina de oito anos ocorreu após dois irmãos instalarem uma microcâmera no quarto de uma residência, no Bairro Jardim Umuarama, em Cuiabá, nesta terça-feira (21). As imagens foram entregues ao Conselho Tutelar nesta quarta-feira (22) e o suspeito do crime, de 50 anos, foi preso logo em seguida. Os irmãos que são maiores de idade tinham a suspeita de que o padrasto abusava da irmã e arrumaram um jeito de ter provas, segundo o conselheiro tutelar, Amado Soares.
O conselheiro disse que há alguns dias os rapazes tinham procurado o Conselho Tutelar, mas não tinham provas que pudessem incriminar o padrasto. Desse modo, eles decidiram instalar a câmera no quarto, no último sábado (18). Até que, por volta das 11h de ontem, o suspeito abusou da menina e as imagens foram capturadas pela câmera. Provavelmente, essa não seria a primeira vez que ele teria cometido o crime, de acordo com Soares.
Depois de ver as imagens, ele disse ter ficado ´espantado´ e não restou mais dúvidas acerca dos abusos. "O teor do vídeo é assustador. Fiquei chocado e nem consegui assistir direito", declarou o conselheiro. Em seguida, a Polícia Civil foi acionada. O suspeito foi preso e levado para a 2ª Delegacia de Polícia Civil, antigo Cisc Planalto, em Cuiabá, para prestar depoimento e deverá ser autuado pelo crime.
Segundo o conselheiro, o suspeito trabalhava como motorista, mas está desempregrado. Por isso, cuiadava da menina enquanto a mãe trabalhava em um hospital da capital. "Ele a pegava na escola às 11h e ficava sozinho com ela em casa até as 17h, porque a mãe e os irmãos trabalham", explicou. Nesses momentos, ele supostamente aproveitava para cometer os abusos contra a criança.
A mãe da menina alegou que não tinha nenhuma desconfiança de que o marido abusava da filha. "Ela demonstrou estar muito abalada", pontuou o conselheiro. A menina deve ser submetida a exame de corpo de delito para comprovar se, de fato, houve conjunção carnal. Se não for comprovada a omissão da mãe ou conivência, ela poderá continuar com a guarda da filha.
Comentários